Analise Biomecânica dos Membros Superiores Durante o Lance Livre Realizado com e Sem Salto
Por Cézar Silva de Oliveira (Autor), Ana Paula Xavier (Autor), Elen Rosa Viana de Souza (Autor), Carla Patricia Guimarães (Autor), Sônia Cavalcanti Corrêa (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O basquetebol é um esporte de quadra que é praticado por duas equipes simultaneamente que exige cooperação de ambas para realizações táticas entre defesa e ataque. Estudos sobre o Lance Livre com e sem o salto (jump) descrevendo o padrão de movimento das as articulações de ombro, cotovelo e punho concluíram que o posicionamento da bola próximo ao corpo deve ser enfatizado por professores e técnico diminuindo as demandas de força e amplitude. Sendo a realização do salto um fator importante a ser investigado para a melhoria do desempenho do lance livre, que seria uma das habilidades mais decisivas durante o jogo. Objetivo: comparar ângulos articulares (flexão e extensão máximas e amplitude articular) de ombro, cotovelo e punho no lance livre do basquetebol nas condições com e sem salto (jump). Materiais e métodos: Fizeram parte da amostra 11 praticantes amadores de basquetebol com média ± desvio padrão de idade de 27 ± 5,74 anos, 179,09 ± 12,41 cm de estatura e 74,89 ± 11,66 kg de massa corporal. Os sujeitos foram instrumentados com 37 marcas reflexivas em pontos anatômicos específicos fornecidos pelo sistema Motive, o sistema de captura dos dados utilizado. O processamento dos dados foi realizado através do software Visual 3D. Os praticantes realizaram o Lance Livre com e sem jump enquanto suas imagens eram capturadas por um Sistema de câmeras infravermelhas modelo Prime 13 de 120Hz composto por 18 câmeras marca Optitrack. Cada praticante realizou a quantidade necessária de lances livres até atingir a meta de 3 movimentos convertidos, ou seja, que acertaram a cesta. Para a análise foi utilizada a média das 3 tentativas convertidas. Primeiramente testou-se a normalidade dos dados através do teste Kolmogorov-Smirnov que permitiu realizar a estatística paramétrica através do teste t pareado com significância de 0,05 pelo software SPSS v.20. Resultados: Os valores angulares encontrados para as variáveis podem ser visualizados na Tabela 1. Nota-se que o ombro esquerdo na realização de ambos os movimentos com e sem salto alcançou valores angulares mínimos e amplitude com significância estatística. Esse resultado pode ser explicado devido a articulação do ombro auxiliar no posicionamento da bola para melhor desempenho no Lance Livre. Obteve-se diferenças significativas no punho direito com valores de (-)54,99 ± 15,17 graus para o sem salto e de (-)61,76 ± 7,86 graus com salto. Essa diferença pode ser explicada devido ao fato de a maioria dos sujeitos serem destros e o punho direito ser a ultima articulação envolvida no Lance Livre para gerar impulso, assim sendo utilizada para melhor precisão e finalização. Conclusões: Exceto a articulação do cotovelo, as demais articulações estudadas do membro superior obtiveram diferenças significativas nas variáveis ângulos máximo, mínimo e amplitude angular. O ombro esquerdo foi a articulação que mais alcançou diferenças significativas, afirmando a presença da maioria dos destros no estudo, acredita-se que essa articulação realiza a estabilização da bola para o Lance Livre. Assim sugerem-se estudos verificando também velocidades angulares e mais variáveis para entender melhor essas variáveis no ombro esquerdo.