Resumo

O objetivo da presente pesquisa é analisar a postura durante a ortostase e em diferentes situações de locomoção. Foram avaliados indivíduos saudáveis com idades entre 16 e 45 anos. No primeiro capítulo foi analisada a postura durante a marcha e a coluna foi modelada de duas formas distintas. A primeira foi adaptada de Frigo et al. (2003) e a segunda forma de modelagem foi proposta por Brenzikofer et al. (2000). No segundo capítulo foi analisado o alinhamento vertebral na postura ortostática e a curva neutra da coluna durante a marcha. Nestes dois primeiros capítulos foi empregada a anova com medidas repetidas e o coeficiente de correlação intraclasse para análise estatística. No terceiro capítulo foi analisado, durante a marcha, a postura do tronco e a curvatura vertebral em diferentes períodos do dia. No quarto capítulo foi investigado o comportamento do tronco e das curvas fisiológicas da coluna, durante a marcha e a corrida em esteira, em três inclinações de locomoção (-6º/0º/+6º). Nestes dois últimos capítulos foi empregada a anova one way e, quando necessário, o teste de comparação múltipla de Tukey. Todas as análises foram realizadas em ambiente Matlab e a significância estatística adotada foi menor que 5%. Os resultados mostraram que os picos de curvatura geométrica são mais consistentes para representar cifose/lordose do que as variáveis angulares. Além disto, o método proposto por Brenzikofer et al. (2000) parece ser menos suscetível a erros oriundos da marcação do dorso. No segundo e terceiro capítulo foi verificado que o protocolo dinâmico proporciona maior reprodutibilidade das medidas posturais do que a situação ortostática e que o tronco e a coluna apresentam adaptações consideráveis devido ao horário da avaliação, respectivamente. No último capítulo foi observado que o aumento da inclinação da superfície de locomoção ocasiona uma maior projeção do tronco para frente e retificação da curvatura vertebral. Sugere-se a utilização dos picos de curvatura geométrica para representação da coluna. Recomenda-se o uso do protocolo de avaliação dinâmico (marcha) e que se tenha cautela ao monitorar a progressão/regressão dos desvios na coluna já que o horário da avaliação pode proporcionar adaptações nas variáveis posturais que são inerentes ao ritmo circadiano. Sugere-se que indivíduos acometidos por disfunções na coluna vertebral sejam cuidadosos ao realizar atividades locomotoras no aclive e declive. 

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