Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar as características cinemáticas e cinéticas do salto vertical de crianças com síndrome de Down e com desenvolvimento típico com idade entre 6 e 10 anos O estudo teve participação de 12 crianças com síndrome de Down e 12 crianças com desenvolvimento típico. Foram utilizadas para a coleta do salto vertical uma câmera modelo Cassio Exilin EX-FH20 e uma plataforma de força EMGsystem. As taxas de amostragem foram de 210 HZ para a cinemetria e 500HZ para a cinética. Após adaptação da criança ao ambiente laboratorial, foram coletados 3 saltos verticais. Os vídeos foram editados no Software FadeToBlack e para reconstrução bidimensional do salto vertical foi utilizado o Software Skillspector versão 1.5, o software Matlab foi utilizado para calcular e plotar dados referentes às variáveis cinemáticas e cinéticas. Os dados foram filtrados por meio do filtro recursivo do tipo Butterworth de 4º ordem com frequência de corte de 4Hz. Para análise estatística utilizo-se o teste T independente, análise descritiva além do cálculo do coeficiente de variação. Os resultados revelaram que na fase de propulsão do salto vertical, durante o menor valor de força de reação ao solo, as crianças com síndrome de Down apresentaram flexão de quadril e joelho, além de força/peso inferior as crianças com desenvolvimento típico com diferença estatisticamente significativa. Para o pico de propulsão na fase de propulsão, as crianças do grupo SD revelaram insuficiente plantiflexão do tornozelo quando comparadas as crianças do grupo DT e força/peso inferior, ambas com diferença significativa. Na fase de voo as crianças com síndrome de Down apresentaram diferenças inferiores tanto para o tempo de voo quanto para altura, quando comparado às crianças com desenvolvimento típico. Finalmente, durante a fase de aterrissagem, as crianças com síndrome de Down apresentaram grau de flexão de joelho e força peso inferiores quando comparadas as crianças com desenvolvimento típico. As crianças com síndrome de Down apresentaram maior variabilidade nos movimentos realizados principalmente pelo segmento do tronco para a tarefa do salto vertical. Sendo assim constata-se que as crianças com síndrome de Down apresentam formas de movimentos peculiares para o salto vertical, utilizando os segmentos corporais e a força de reação ao solo diferente das crianças com desenvolvimento típico.

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