Resumo

O crescente aumento da expectativa de vida tem culminado na constante preocupação com qualidade de vida na população idosa. A corrida de rua é um dos esportes que mais adquiriu adeptos dessa faixa etária. Alguns estudos têm reportado um aumento no número de lesões associado a este aumento do número de praticantes. As alterações teciduais decorrentes do envelhecimento biológico podem alterar a mecânica da corrida nos idosos e deixá-los mais susceptíveis a lesões. Contudo, ainda é desconhecido se tais efeitos realmente provocam esses resultados. O objetivo do presente estudo foi comparar a cinemática da corrida em adultos e idosos. Foram analisados 17 adultos (31±6 anos) e 17 idosos (69±2 anos) recrutados voluntariamente para o estudo. Os sujeitos correram em uma esteira ergométrica nas velocidades de 8 e 11 km/h (idosos) e 11 e 14 km/h (idosos). Os sujeitos foram filmados por quatro câmeras de vídeo com freqüência de 120 Hz durante a corrida em esteira. Foram realizadas a digitalização e reconstrução das coordenadas dos pontos digitalizados no espaço real a partir das imagens das quatro câmeras e da calibração pelo método DLT. Os idosos apresentaram menor excursão de movimentos de flexão do joelho e de rotação medial da tíbia. Aparentemente os idosos apresentaram maior assincronia entre os movimentos do retropé e do joelho em relação aos adultos. Esses resultados sugerem que os idosos adotam padrões de movimentos diferentes dos adultos durante a fase de apoio da corrida. A prescrição de exercícios e as estratégias de prevenção de lesões em idosos corredores devem considerar essas diferenças

Acessar Arquivo