Análise Cinética da Marcha de Idosos com Diferentes Níveis de Funcionalidade na Transição Entre o Terreno Plano e a Escada
Por Júlia Veronese Marcon de Carli (Autor), Roberta Castilhos Detanico Bohrer (Autor), Angélica Lodovico (Autor), Andre Luiz Felix Rodacki (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 16, n 1, 2014. Da página 66 a -
Resumo
Transpor escadas representa uma tarefa difícil e perigosa para os idosos e apresenta alto risco de quedas. O nível de funcionalidade do idoso é um fator determinante para sua independência e segurança na transposição de terrenos. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar os parâmetros cinéticos da marcha de idosos com diferentes níveis de funcionali-dade na transição entre o terreno plano e a escada na subida e na descida. Participaram do estudo 34 idosos, divididos em dois grupos pela técnica de Cluster de acordo com os resultados obtidos nos testes funcionais aplicados (Timed Up & Go e Teste de sentar e levantar), sendo o G1 o grupo com menor funcionalidade (n=13, 72.61 ± 0.28 anos) e o G2 o grupo com maior funcionalidade (n=21, 69.14 ± 4.96 anos). A captura de dados de força de reação do solo (FRS) foi feita através de uma plataforma de força AMTI a 1000 Hz, acoplada no primeiro degrau de uma escada com 4 degraus (17,5 cm altura x 29 cm largura e 31° de inclinação). Para análise dos resultados, utilizaram-se a estatística descritiva e o teste de Mann-Whitney (p≤0.05). Na subida, maiores forças verticais e menor tempo de apoio foram encontrados no G2 (p≤0.05). Os grupos praticamente não revelaram diferenças nas aplicações de força no solo na descida da escada. Baseado nos resultados encontrados, é possível concluir que as FRS são influenciadas pelo nível de funcionalidade do idoso na subida da escada.