Resumo

No decorrer da sua existência e funcionamento os clubes estão sujeitos a influências provenientes do contexto onde estão inseridos, todavia também podem influenciar os sujeitos envolvidos no clube através da sua cultura organizacional. Pelas especificidades dos contextos dos clubes revela-se necessário obter dados sobre a sua cultura e o seu funcionamento para poder perceber os seus efeitos no envolvimento e desenvolvimento dos indivíduos. Para este artigo pretendeu-se a análise e comparação de três clubes de futebol de contextos diferentes, um clube profissional e dois amadores, em que um provém de meio rural e outro de meio urbano. Recorreu-se à observação participante e a entrevistas semiestruturadas para recolher os dados. A AAC-OAF diferencia-se dos clubes amadores pela sua orientação para o esporte de rendimento/espetacularização. Os últimos são suportados no voluntariado, dependendo mais das autarquias e políticas locais e revelam maiores dificuldades na angariação de voluntários, os quais aderem por amizade. A assunção dos cargos dirigentes nos clubes amadores são motivados pelo receio da extinção do clube. A estabilidade financeira da UCE contribui para mudanças na sua cultura e funcionamento organizacional. Todos os clubes demonstram falhas no processo de avaliação na implementação dos programas com vista ao desenvolvimento do jovem atleta, centrando-se esta essencialmente nos resultados desportivos obtidos.

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