Resumo
O presente trabalho tem como objetivo comparar o desempenho cicloergométrico da potência anaeróbica em dois cicloergômetros: - um não convencional com características semelhantes aos instrumentos isocinéticos (Repco, onde a resistência ou frenagem é produzida por palhetas girando contra o ar ambiente, cuja resposta é imediata e variável com a força aplicada), e outro cicloergômetro convencional do tipo Van Dobeln (Monark por frenagem de fricção ). O trabalho teve como amostra 37 indivíduos do sexo masculino alunos da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atletas das equipes de ciclismo e atletismo, da Caixa de Pecúlio dos Militares (Capemi), Fluminense Futebol Clube e Centro de Educação Física Adalberto Nunes (Cefan). A amostra do presente trabalho realizou testes com 20 segundos de duração em desempenho máximo, nos dois cicloergômetros. As pedaladas nos cicloergômetros foram registradas em papel termossensível através de um sistema fotoelétrico acoplado aos pedais e , a partir da duração de cada volta, foram elaboradas curvas de potência relativas ao desempenho dos sujeitos testados. Os resultados encontrados mostraram uma diferença significativa para o peak-power (p < 0,05) de 834,21 169,74 Watts na Repco para 801,50 116,37 Watts na Monark. Quanto à potência média a Monark apresentou valores significativamente maiores de 682,06 93,61 Watts para 640,69 129,50 Watts na Repco (p < 0,005 ). O trabalho acumulado em 20 segundos (T4) não apresentou diferenças significativas tendo a Repco 1345,62 235,74 kpm e a Monark 1371 188,29 kpm. Já o trabalho nos últimos quinze segundos, isto é, a soma dos três últimos períodos de cinco segundos (T3) foi significativamente diferente nos dois cicloergômetros acumulando em 1137,26 216,39 kpm para Repco e 1063,64 141,95 kpm para Monark (p < 0,005). O comportamento comparativo das curvas de potência nas duas bicicletas teve sua maior diferença no primeiro período de cinco segundos; Repco 187,63 59,82 kpm e Monark 308,61 53,10 kpm (p