Análise Comparativa e Relacional dos Parâmetros da Mecânica e da Eficiência Respiratória Entre Crianças Asmáticas e Não Asmáticas

Nos últimos anos houve uma profunda mudança quanto aos princípios básicos e avançados das ciências que abordam a atividade física, sendo ampliado o campo de ação dos profissionais da Educação Física e Fisioterapia no sentido de reabilitar indivíduos portadores de doenças crônicas, utilizando o exercício físico específico como parte da terapia destes pacientes e de um treinamento esportivo direcionado. As pesquisas mostram cada vez mais que o exercício físico regular pode melhorar a qualidade de vida de inúmeros indivíduos sadios e enfermos, principalmente de pacientes considerados inaptos socialmente. A asma é uma doença de caráter universal , que há séculos vem atraindo a atenção devido a sua elevada freqüência. O surto atinge 10 milhões de americanos (McArdle e Katch, 1992) e 4,5 milhões de brasileiros (PNUD e Ministério da Saúde,1996), sendo em sua maior parte crianças, sendo o aumento significativo na mortalidade e na morbidade, nos últimos anos (Tarantino, 1997). Caracteriza-se por um estado de broncoespasmo difuso, com inflamação, caracterizando-se por dispnéia, sibilância, hiperreatividade e aumento da resistência das vias respiratórias, determinando um incremento no trabalho respiratório com maior gasto de oxigênio e esgotamento físico (Bethlen, 1996). Somados os fatores psicológicos, há consequente diminuição da atividade física habitual, alteração da mecânica respiratória- especialmente quanto aos músculos envolvidos no processo da respiração, da complacência pulmonar e do condicionamento físico global.