Análise da captação de recursos usando a lei de incentivo ao esporte: estudo de caso de um clube filiado ao cbc
Por Fabrício Augusto Sodré Ferreira de Sousa (Autor), Antonio Augusto Pereira de Sousa (Autor).
Resumo
Um significativo desafio para os clubes desenvolverem esportes de alto rendimento, tem sido viabilizar recursos, seja de fontes próprias e/ou para captar no mercado. Com a Constituição de 1988, foram implementadas diversas ações relacionadas às políticas de esporte no Brasil, com o objetivo de fomentar práticas desportivas. Segundo Salinas (2012), as Leis prescrevem o curso da ação que será dado para a implementação das políticas públicas, pois são nelas que estão resumidas as instruções aos administradores públicos e membros da sociedade, os quais na condição de envolvidos, devem agir em prol à realização dos objetivos estabelecidos no desenvolvimento das políticas públicas idealizadas perante ao problema identificado. Entre essas ações, destacamos a criação da Lei 11.438/2006 (Lei de Incentivo ao Esporte - LIE) e Decreto n° 6.180/07, que inspirou boa parte dos Estados da União a desenvolverem iniciativas relacionadas à isenção fiscal, com o intuito do fomento das atividades esportivas, assim como uma expectativa de desenvolvimento esportivo, através da participação de empresas para os projetos apresentados. A LIE estabelece que possa ser deduzido do imposto de renda devido, repassando até 6% deste, para patrocínio (com finalidade promocional e institucional de publicidade) ou doação (sem contrapartida de qualquer fim), para o apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos, previamente aprovados pelo Ministério da Cidadania. Entretanto, os clubes brasileiros que estão filiados ao comitê brasileiro de clubes (CBC), entidade fundada em 1990, que desenvolve o maior programa de incentivo para competições de esportes olímpicos e paralímpicos, se deparam com um grande desafio de captação de recursos usando a LIE, sendo importante destacar que nos últimos anos, houve um aumento pelo reconhecimento e necessidade da área da gestão aplicada ao esporte (Mazzei & Bastos, 2012; Mazzei & Rocco Júnior, 2017; Rocha & Bastos, 2011), mas infelizmente, os clubes ainda não estão devidamente estruturados na gestão e marketing esportivo.