Análise da Demanda Fisiológica Crônica de Uma Temporada Anual de Futebol
Por Daniel Barbosa Coelho (Autor), Eduardo Mendonça Pimenta (Autor), Rodney Coelho da Paixão (Autor), Rodrigo Figueiredo Morandi (Autor), Lenice Kappes Becker (Autor), João Batista Ferreira-júnior (Autor), Leonardo Gomes Martins Coelho (Autor), Emerson Silami Garcia (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 17, n 4, 2015. Da página 1 a 10
Resumo
O monitoramento da intensidade de esforço entre atletas tem se mostrado essencial para o controle e planejamento do treinamento desportivo. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar por meio de biomarcadores sanguíneos a demanda fisiológica crônica de jogadores de futebol ao longo de uma temporada anual. Dez jogadores profissionais (21,2 ± 3,7 anos) participaram desse estudo. As coletas de sangue foram realizadas no dia anterior ao início da pré-temporada (C1), ao final da pré-temporada e início das competições (C2), e ao final do ano competitivo (C3). Investigou-se as variáveis cortisol, testosterona, relação testosterona/cortisol, creatina quinase, alfa-actina e interleucina 6 (IL-6). Para a análise estatística dos dados utilizou-se ANOVA para medidas repetidas e foi adotado nível de significância de 5%. Os resultados encontrados indicaram diferenças significativas nas seguintes situações: testosterona - C1 maior do que C2 e C3; cortisol – C3 maior do que C2; relação testosterona/cortisol – C2 maior do que C1, e C3 menor do que C1 e C2; creatina quinase – C2 e C3 maior do que C1; alfa-actina – C3 maior do que C1. As concentrações de IL-6 em C1, C2 e C3 não demonstraram diferenças significativas. Pode-se concluir que uma temporada anual de futebol impõe elevada demanda fisiológica entre jogadores profissionais, uma vez que foram observadas alterações relevantes sobre os biomarcadores sanguíneos analisados.