Resumo

Introdução: O basquetebol tem como objetivo cooperação de ambas as equipes envolvendo situações táticas e técnica das equipes para vencer a partida. Seus fundamentos são em sua maioria movimentos contínuos e combinados que possuem objetivos bem definidos e sequência lógica. Tudo isso é realizado em ambiente aberto, ou seja, imprevisível, tornando a modalidade dinâmica e variada. Como todas as modalidades coletivas que fazem uso de implementos manuais, requer uma boa preensão manual, necessária para um bom domínio da bola. Objetivo: comparar a força de preensão manual de atletas de basquetebol na categoria sub15 durante um ciclo de treinamento. Materiais e Métodos: Foram avaliados 14 atletas femininos da categoria sub 15 de um projeto social que oferece treinamento na modalidade basquetebol da cidade do Rio de Janeiro - RJ. As atletas participam do projeto desde a categoria sub 13 com a mesma equipe de treinamento, sendo nos períodos pós aula 4 vezes na semana, cerca de 2 horas por dia de treinamento. As avaliações iniciais e finais ocorreram sempre nas pré-temporadas, porém com um ano de intervalo. Para as avaliações foi utilizado um dinamômetro da marca Jamar, foram feitas 3 medidas para cada mão, sendo utilizada a média das medidas para as análises. As avaliações ocorreram sempre no mesmo horário, e as atletas estavam posicionadas sentadas, com o braço ao lado do corpo e cotovelo flexionado a 90 º exercendo força no dinamômetro durante 3 segundos, as atletas foram encorajadas a atingir sua máxima força, um intervalo de três minutos foi dados entre as coletas subsequentes. Foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados e em seguida, como os dados apresentaram normalidade foi realizado o teste t pareado com nível de significância de 0,05 através do software estatístico SPSS v.17. Resultados: Os valores encontrados para a mão direita antes da pré-temporada foram de 32 ± 5,75 kgf e após a temporada foram de 34 ± 5,68 kgf. Para a mão esquerda, os valores anteriores à temporada foram de 29 ± 7,08 kgf e posteriores foram 33 ± 6,20 kgf. Foram encontradas diferenças significativas para a mão esquerda (p=0,03), no caso, a maioria da amostra é destra, sendo apenas duas atletas sinistras. Pode-se perceber que o treinamento mesmo não sendo direcionado a melhora da força de preensão manual proporcionou melhora na força do lado não dominante nas atletas. Conclusões: As atletas apresentaram uma melhoria na força de preensão manual do lado esquerdo, não dominante. Esses resultados sugerem que um treinamento esportivo independente de sua especificidade proporciona bons resultados aos atletas na preensão manual tão importante e necessária para um bom desempenho com a bola durante o jogo.

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