Análise da Força de Preensão Manual e Risco Cardiovascular de Adolescentes com Diabetes Melitos Tipo 1
Por Sandra de Oliveira (Autor), Samuel Lima Oliveira (Autor), Roberta Kelly Menezes (Autor), Leonardo Garcia Miranda (Autor), Hermelinda Cordeiro Pedrosa (Autor), Jonato Prestes (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 24, n 2, 2016. Da página 5 a 14
Resumo
Objetivo: Comparar a força de preensão manual de adolescentes com e sem diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e correlacionar as variáveis hemodinâmicas com o controle da glicemia pela hemoglobina glicada (HbA1c) nos adolescentes diabéticos. Método: Foram avaliados 49 adolescentes com DM1 (12,73 ± 1,23 anos; índice de massa corporal 19,52 ± 2,62 kg/m2) e 75 adolescentes sem DM1 (13,31 ± 1,16 anos; índice de massa corporal 20,79 ± 3,64 kg/m2). A HbA1c foi determinada por HPLC e a força de preensão foi obtida com o dinamômetro Jamar®. As variáveis hemodinâmicas registradas foram à frequência cardíaca e a pressão arterial (PA) na posição sentada. Resultados: Os meninos com DM1 apresentaram menores valores de força de preensão manual absoluta da mão direita (26,48 ± 6,24 vs 32,59 ± 9,59 kg; p = 0,004), da mão esquerda (25,45 ± 6,52 vs 30,76 ± 8,19 kg; p = 0,006) e maior PA diastólica (66,43 ± 8,62 vs 72,40 ± 10,01 mmHg; p = 0,019) do que os meninos sem DM1. As meninas com DM1 apresentaram menores valores de força de preensão manual absoluta da mão direita (26,20 ± 4,09 vs 29,53 ± 5,27 kg; p = 0,017) e da mão esquerda (24,50 ± 4,29 vs 27,79 ± 5,11 kg; p = 0,017). Houve correlação positiva da frequência cardíaca (0,44; p = 0,01) e da PA diastólica (0,37; p = 0,01) com a HbA1c. Conclusão: Adolescentes com DM1 devem receber atenção quanto a menor força muscular e risco cardiovascular com o aumento da HbA1c.