Resumo
. [manuscrito] / Andréa Nascimento Ewerton – 2010. 99 f., enc.:il.
Os estudos de formação profissional em esporte e lazer vêm ganhando espaço no meio acadêmico, bem como no âmbito das políticas públicas e tem se constituído como eixo privilegiado de intenção e análise. A formação de profissionais nas políticas públicas pode contribuir na relação das políticas com a sociedade, com vistas a contribuir para uma reflexão crítica da população no que diz respeito aos serviços públicos. O objeto deste estudo é a política de formação profissional dos agentes sociais do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC), formulado pelo Ministério do Esporte e implementado através de parcerias com órgãos públicos e privados, sem fins lucrativos. Para problematização, foram construídas as seguintes questões: De que maneira é desenvolvida a proposta de formação profissional no Programa Esporte e Lazer da Cidade? Qual o olhar dos agentes sociais do PELC sobre a proposta de formação profissional? Assim, os objetivos deste estudo foram analisar a proposta de formação do PELC, sob o olhar dos agentes sociais, a partir da compreensão dos seguintes aspectos: os conteúdos das formações, a relação entre os módulos de formação e o desenvolvimento das atividades, a relação entre a teoria e a prática nas ações de esporte e lazer e a visão de Políticas Pública. A pesquisa foi desenvolvida a partir da pesquisa bibliográfica, na perspectiva de aprofundar o entendimento sobre os conceitos de formação do Programa, que somada à pesquisa de campo, possibilitou o entendimento da coerência entre o projeto de formação proposto pelo Programa e a prática da formação por implementada. Para coleta dos dados foi usada a técnica de entrevista semi-estrutura, aplicada com agentes e gestores de 3 (três) instituições que implementam o programa, aplicando em seguida a técnica de análise de conteúdo para tratamento das informações coletadas. A formação é considerada pelos agentes como elemento fundamental para a qualificação das ações desenvolvidas nos convênios, além disso, foi possível perceber dificuldades no monitoramento e acompanhamento das ações de formação em especial no módulo de formação em serviço. Tal limite tem implicado diretamente no processo de assimilação dos conteúdos desenvolvidos. Outro ponto importante a ser destacado é a diversidade no perfil dos agentes, o que aponta dificuldades no processo de seleção de conteúdos e definição metodológica nas ações de formação.