Resumo

Introdução: O tratamento do câncer possui efeitos colaterais adversos que incluem dor, fadiga, caquexia (síndrome debilitante), redução da força e da capacidade pulmonar, e redução da amplitude articular (Reis et al, 2018; Ranzi et al., 2019), reduzindo o nível de atividade física, autonomia funcional, podendo acometer doenças hipocinéticas. Objetivo: Analisar a dor em pacientes oncológicas que participaram do ONCOFITNESS (Programa de Exercícios Oncológicos). Metodologia: Na pesquisa aprovada sob o parecer no 3.585.185 e CAAE – 07512919.7.0000.5285, foram voluntários 51 pacientes (GF=27; GM=24), do Hospital Mário Kröeff/RJ, participantes do Programa de Exercícios Oncológicos (ONCOFITNESS). Para analisar as variáveis (Escala Funcional e Escala de Sintomas) utilizou-se o questionário EORTC QLQ-C30. O pacote estatístico SPSS-14 foi utilizado para análise dos dados descritivos e o teste t-Student para amostras independentes ou de Mann-Whitney foi utilizado para as comparações entre os gêneros; o teste de correlação de Spearman foi empregado para analisar as possíveis associações entre as variáveis de estudo em cada gênero e na amostra total. Resultados: Foram encontradas diferenças significativas (para p<0,05) entre os grupos feminino e masculino na Escala Funcional ( =44,9, p=0,0028) e na Escala de Sintomas (=-73,6, p=0,0313). Não foram encontradas correlações significativas entre as escalas. O estudo elucida que o ONCOFITNESS melhorou o desempenho funcional, reduzindo os níveis de sintomas que são relevantes para as pacientes oncológicos, para a manutenção dos níveis da qualidade de vida, com efeitos benéficos e de grandes resultados na saúde do indivíduo. O desempenho funcional está relacionado com fatores físicos, emocionais, cognitivos e sociais, enquanto a sintomatologia está relacionada à fadiga, náusea/vômito, dor, dispneia, insônia, perda de apetite, constipação, diarreia e dificuldade financeira. Embora os pacientes, participantes do ONCOFITNESS tenham aumentado o desempenho funcional e reduzido os níveis de sintomas, não houve correlação significativa entre as duas escalas.

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