Análise da influência dos tipos de saque na classificação final de um campeonato profissional de voleibol: Um comparativo entre as equipes masculinas participantes da Superliga 2020/2021 x Superliga B 2021
Por Marcos Henrique do Nascimento (Autor), Pedro Henrique Cavalcante Vieira (Autor), Lopes Costa Arantes (Autor), Juracy da Silva Guimarães (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
No jogo de voleibol o equilíbrio entre as equipes se encontra cada vez mais presente nos confrontos e a relação entre o domínio dos fundamentos por parte dos atletas pode fazer a diferença entre o vencedor e o perdedor da partida. Objetivos: O objetivo do presente estudo foi o de analisar como os tipos de saque (flutuante em suspensão e viagem) podem influenciar na classificação final das equipes masculinas participantes da Superliga A 2020/2021 e da Superliga B 2021. Materiais e métodos: A metodologia desse estudo consistiu em reunir os scouts das partidas, coletados através do programa de análise DataVolley, na versão 4, durante as partidas. A amostra de pesquisa se constituiu pela análise de 20.844 saques realizados pelas 12 equipes participantes da Superliga 2020/2021 em 126 jogos, e 6.396 saques realizados pelas 08 equipes participantes da Superliga B 2021 em 43 jogos. Resultados e Discussão: As equipes que obtiveram as primeiras colocações da tabela ao término da fase classificatória da Superliga A 2020/2021 optaram pela técnica do saque viagem, sendo que as quatros melhores classificadas apresentaram um índice maior que 60%. Já na Superliga B 2021, as equipes 04 melhores classificadas tiveram um equilíbrio na escolha da técnica do saque, onde o saque viagem foi o mais realizado, mas com a diferença máxima de 8% se comparado ao saque flutuante em suspensão. A análise descritiva mostrou que a escolha pelo saque viagem (entre todas as equipes de suas respectivas ligas) resulta em menos erro na Superliga A (25%) em relação à Superliga B (28%). No entanto, ao considerar os saques que limitaram a construção ofensiva adversária ou resultaram em ponto direto, observou-se que na Superliga B obteve-se as respectivas ocorrências de 29% e 7%, enquanto na Superliga A observou-se a ocorrência de 22% e 5%, respectivamente. Conclusão: Pode-se concluir que na Superliga B 2021, independentemente do tipo de saque escolhido (viagem ou flutuante em suspensão), as equipes que tiveram o maior percentual de saques que limitaram a construção ofensiva adversária se configuraram nas primeiras colocações. Ao considerar a Superliga A 2020/2021, constata-se que o saque viagem além de ser o mais executado, aparece como o mais efetivo.