Análise da Produção Científica Sobre o Karatê em Língua Portuguesa
Por Paulo Cesar Arcênio Júnior (Autor), Caroline Ruschel (Autor), Clara Knierim Correia (Autor).
Em Caderno de Educação Física e Esporte v. 16, n 1, 2018. Da página 153 a 166
Resumo
O objetivo do estudo foi analisar a produção científica sobre Karatê em língua portuguesa, por meio de uma análise bibliométrica. Foram realizadas buscas nas bases SciELO e BVS-Bireme, associadas a uma busca manual no Google Acadêmico, utilizando-se os seguintes termos: “Karatê”, “Caratê”, “Artes Marciais”, “Karateca” e “Carateca”. Foram incluídos nesta revisão artigos completos publicados em língua portuguesa em periódicos revisados por pares. Foram selecionadas, para a análise bibliométrica, três categorias: periódicos, volume de publicações/autores e temática/participantes/resultados do estudo. A busca retornou 318 estudos, dos quais 25 foram incluídos nesta revisão, publicados entre 1984 e 2017 em periódicos classificados em diferentes estratos do Qualis Capes, variando de C a A2. Em relação aos autores que publicam sobre Karatê no Brasil, a maioria se encontra nas regiões Sul e Sudeste do país. Quanto aos temas, há predomínio daqueles relacionados à biomecânica (análise do tempo de reação e da velocidade de movimento durante a execução de chutes e socos, e da força de preensão manual) e à fisiologia do exercício (análise de lactato e frequência cardíaca, do gasto calórico, da taxa de sudorese e da percepção subjetiva do esforço durante sessões de treinamento e/ou em competição). A análise produção científica sobre o karatê em língua portuguesa permitiu concluir que há predominância de estudos nas áreas temáticas da biomecânica e fisiologia do exercício, que incluíram participantes adultos de diferentes níveis técnicos, principalmente homens de nível avançado. É também possível especular que há um interesse recente e crescente da comunidade científica, principalmente nos últimos 10 anos, em investigar a modalidade sob diferentes perspectivas. Ainda assim, considera-se escassa a produção científica em língua portuguesa, e que ainda há diversos fatores a serem investigados, no sentido de contribuir para o desenvolvimento de uma prática profissional cada vez mais pautada em evidências.