Resumo


Os pequenos jogos são um meio de treinamento que possui diversas formas de manipulação. As manipulações, por sua vez, permitem aos treinadores modelar o jogo de acordo com o objetivo proposto para a atividade. No entanto, essas manipulações podem influenciar na interação entre os jogadores durante o processo ofensivo da equipe. Esta pesquisa analisou a influência do critério de composição das equipes na rede de interações nos pequenos jogos. Participaram do estudo doze atletas de futebol sub-15 de uma equipe de alto nível da cidade de Curitiba. Atletas realizaram 4 séries de pequenos jogos na configuração 3vs.3 + goleiros em duas composições das equipes: a) com atletas de uma mesma posição (e.g., três atacantes); e b) com atletas das três posições (e.g. um defensor, um meio-campista e um atacante). Analisaram-se padrões de network (referentes a equipe – análise macro) e níveis de proeminência (referentes aos atletas – análise micro) no âmbito da Social Network Analysis. Para a análise micro utilizou-se a ANOVA one-way (e o teste de Kruskal-Wallis para variáveis não paramétricas) para comparação dos valores entre diferentes posições. Para a análise macro, utilizou-se o teste t independente (e o teste de Mann-Whitney para variáveis não paramétricas) para comparação entre os protocolos. Em todos os casos adotou-se significância de p<0,05. Resultados apontaram menor proeminência dos goleiros em relação às demais posições em ambos protocolos e dos meio-campistas em relação aos defensores no protocolo com equipes formadas por atletas da mesma posição. Conclui-se que a alteração no critério de composição das equipes altera os níveis de proeminência dos atletas durante os pequenos jogos.

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