Análise da variabilidade da frequência cardíaca de mulheres jovens nas diferentes fases do ciclo menstrual utilizando o german volume training
Por Lucas Rangel Affonso de Miranda (Autor), Rodrigo Nogueira Ramos (Autor), Leticia Velten (Autor), Lenice Brum Nunes (Autor), Alexander de Araujo Mendes (Autor), Felippe Mateus Haddad Terra (Autor), Luciana Carletti (Autor), Richard Diego Leite (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é uma medida não invasiva para verificar o comportamento do sistema nervoso autonômico através da gravação dos intervalos RR e análise a partir de índices matemáticos. O treinamento de força pode induzir respostas agudas ao comportamento autonômico, como aumento da atividade simpática e redução da atividade parassimpática durante e após a sessão de treinamento. Além disso, a fase lútea do ciclo menstrual parece induzir uma menor variabilidade, maior atividade simpática e menor atividade parassimpática. Como o acúmulo de metabólitos do treinamento e os diferentes hormônios das fases do ciclo menstrual podem alterar o comportamento autonômico, passa a ser importante estabelecer o efeito de métodos de treinamento no controle autonômico nas diferentes fases do ciclo menstrual. OBJETIVO: O objetivo do trabalho foi analisar a variabilidade da frequência cardíaca de mulheres que não fazem o uso de anticoncepcional, nas diferentes fases do ciclo menstrual antes e após realizar o método de treinamento GVT. MÉTODOS: A amostra foi composta por cinco voluntárias que não fazem o uso de anticoncepcional e com experiência em treinamento de força de pelo menos um ano. Foi realizado um estudo experimental, onde as voluntárias realizaram na fase lútea e na fase folicular, o protocolo Geman Volume Training (GVT) de 10 séries com carga de 80% de 1RM. A coleta dos intervalos RR foi realizada antes, 24 h e 48 h após a realização do protocolo. Foi realizado o teste de normalidade de ShapiroWilk e ANOVA de duas vias para medidas repetidas, considerando os fatores Tempo (Antes, 24 h e 48 h após) e Fase do Ciclo (Lútea e Folicular). RESULTADOS: Os valores da frequência cardíaca 24 h após, foram significativamente maiores na fase Lútea quando comparados fase folicular (p = 0,026638). Não houve diferença significativa para os outros dados entre fases e entre momentos. CONCLUSÃO: A variabilidade da frequência cardíaca antes e após o protocolo GVT foi semelhante em ambas as fases, no entanto a frequência cardíaca pode elevar mais na fase lútea 24 h após o protocolo quando comparado a fase folicular.