Análise das Condições de Desenvolvimento da Ginástica Artística no Estado de São Paulo
Por Letícia Bartholomeu de Queiroz Lima (Autor), Marina Aggio Murbach (Autor), Maria Dilailça Trigueiro de Oliveira Ferreira (Autor), Laurita Marconi Schiavon (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 30, n 1, 2016. Da página 133 a 143
Resumo
Este artigo, quantitativo descritivo, apresenta um diagnóstico da Ginástica Artística (GA) no interior do Estado de São Paulo a partir das condições de desenvolvimento das instituições que a promovem (tempo de existência da modalidade na instituição, infraestrutura de aparelhagem, número de profissionais, quantidade e nível dos ginastas no feminino e no masculino). Foi utilizado um questionário estruturado com perguntas fechadas para a coleta de dados, os quais foram analisados a partir da estatística descritiva. Fizeram parte deste estudo 56 técnicos/professores de GA, responsáveis por 28 instituições de 18 cidades do interior do Estado de São Paulo. Os dados coletados mostram que as condições destinadas para a prática não são satisfatórias para o desenvolvimento da GA no nível competitivo, há poucos profissionais em relação ao número de praticantes e poucos praticantes na iniciação esportiva, o que influencia diretamente na baixa quantidade de ginastas no nível competitivo. Muitas instituições não possuem ao menos os aparelhos oficiais da modalidade. Isso compromete o desenvolvimento da GA no interior do Estado de São Paulo, dificultando e influenciando diretamente o potencial de revelação e desenvolvimento de ginastas para o alto rendimento esportivo no Estado. Esses resultados podem refletir diretamente na GA brasileira, uma vez que São Paulo é um Estado bastante representativo em Campeonatos Brasileiros, e a Federação Paulista de Ginástica possui o maior número de entidades filiadas no País.