Resumo

O objetivo da presente pesquisa é investigar os limites e as possibilidades das inserções da Educação Física no planejamento das políticas públicas de saúde da cidade de Vitória ES como ação conjunta de promoção da saúde pública. Buscamos averiguar quais as iniciativas existentes propostas pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), e quais as perspectivas de intersetorialidade das ações propostas, com outros setores da administração pública que utilizam as práticas corporais no âmbito da saúde. Trata-se de uma pesquisa documental, com abordagem qualitativa. Na fase inicial realizamos um levantamento bibliográfico, a fim de coletar informações que visavam à elaboração de um suporte teórico sobre a temática da pesquisa. Fizemos ainda um levantamento das Leis e Portarias que estão em vigor e que regem o sistema de saúde do nosso país. Na segunda etapa realizamos uma coleta documental no site da SEMUS, como também na própria secretaria, dos documentos considerados pertinentes e que tratam do período de 2005/2012. Para tabulação dos dados, a técnica utilizada foi à análise de conteúdo, que permite realizar um recorte dos textos de acordo com os conteúdos mais significativos, para o posterior agrupamento e categorização das unidades de respostas. Constatou-se que o discurso encontrado nos documentos é de uma visão ampliada da saúde, mas, na análise das ações propostas, percebemos que a atividade física trabalhada ainda está pautada naquela que primordialmente atua sobre a saúde biológica do indivíduo. Verificou-se ainda que, mesmo de caráter inicial, Vitória conta com profissionais de Educação Física inseridos dentro de equipes multiprofissionais, potencializando assim as ações de saúde propostas pelo município. No que diz respeito às ações conjuntas que perspectivam a promoção da saúde, foram evidenciados indícios de intersetorialidade e de participação social, porém de forma simplória. A intersetorialidade, na maioria das vezes, ocorre de forma horizontal. A respeito da participação social, observamos que embora existam mecanismos que propiciem essa participação na gestão da saúde, por falta de dados, não podemos afirmar que eles são efetivos na prática.

Acessar