Resumo

: Pesquisas vêm sendo realizadas com a finalidade de levantar as terminologias empregadas nas matrizes curriculares dos cursos de Educação Física (EF), para identificar as disciplinas voltadas a formação para a inclusão das pessoas com deficiência (PCD). Algumas hipóteses são levantadas sobre o currículo dos cursos de EF (bacharelado e licenciatura) ofertados pelas Universidade Federais (UF). Será que esta formação é suficiente para o trabalho de inclusão? O professor formado sai preparado para trabalhar com atividades inclusivas? Objetivo: Analisar as matrizes curriculares dos cursos de EF em licenciatura das Universidades Federais de Minas Gerais com foco nas disciplinas direcionadas a inclusão. Método: Optou-se em examinar as matrizes curriculares das disciplinas obrigatórias, disponibilizadas nos sites das instituições no ano de 2020, que ofertavam o curso de licenciatura em EF. As UF pesquisadas foram: UF de Minas Gerais (UFMG); UF de Juiz de Fora (UFJF); UF de Viçosa (UFV); UF de Ouro Preto (UFOP); UF (UFLA); Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ); UF de Uberlândia (UFU). Resultados: Dentre as diversas disciplinas ofertadas, os componentes curriculares direcionados a inclusão não são prioridade nos cursos de licenciatura em EF. Contudo, não analisamos a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), pois ela já passou ser obrigatória nos cursos de licenciatura a partir de 2002. Identificamos que a carga horária reservada às disciplinas inclusivas é bem diversificada, ficando entre 30h e 60h semestrais. Quatro UF apresentaram mais de uma disciplina obrigatória. As UF que oferecem outras disciplinas relacionadas a temática, aparecem como optativas. A UFU e a UFJF são as instituições que ofertam maior carga horária semestral (120h). A UFLA é a instituição que apresenta a menor carga horária de todas as UF pesquisadas, apenas 34h por semestre. Algo precisa ser feito para minimizar este problema já evidenciado em inúmeras pesquisas, contudo sabemos que diversos fatores impossibilitam estas reformas curriculares. Conclusão: Torna-se indispensável uma formação inicial sólida, para que este profissional de EF quando estiver atuando no contexto escolar, saiba como incluir os estudantes com e sem deficiências matriculados no ensino regular.

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