Resumo

O presente trabalho estudou o estresse cardíaco a que foram submetidos 4 pilotos de automobilismo brasileiro de Fórmula 2 (Fórmula 3 na Europa), todos do sexo masculino, com idade variando de 21 a 33 anos, através do registro da eletrocardiografia dinâmica, na véspera e no dia da corrida, na largada, na corrida, no treino e nas provas classificatórias.Os maiores valores da freqüência cardíaca, na corrida propriamente dita, variam de 187 a 204 bpm. Em dois casos, ocorreram distúrbios do automatismo durante a corrida: extrassístoles ventriculares isoladas e/ou parada sinusal seguida de escape.Através do tratamento estatístico, estudou-se o comportamento da freqüência cardíaca relacionada ou não ao ato de dirigir, e atividades dentro e fora do autódromo. Por meio do teste ergométrico, procurou-se criar condições laboratoriais para reproduzir o esforço cardíaco durante as provas automobilísticas.Concluiu-se que a intensa taquicardia fisiológica e os casos de disritmia não podem ser diretamente relacionados ao ato de pilotar, mas sim a fatores neuroendócrinos e do meio ambiente; que a freqüência cardíaca registrada durante o sono foi normal; que o automobilismo exige do piloto uma carga de trabalho considerada de muito a extremamente pesada, não havendo diferença significativa entre o estresse das diferentes provas de corrida a que foram submetidos.

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