Análise das Respostas de Variáveis Respiratórias em Teste de Potência Aeróbia Máxima em Campo
Por Richard Diego Leite (Autor), André Montanholi Fornaziero (Autor), Antonio Carlos Dourado (Autor), Luiz Claudio Reeberg Stanganelli (Autor), Larissa Bobroff Daros (Autor), Raul Osiecki (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A característica intermitente do futebol, exige que o atleta tenha bem desenvolvida
sua capacidade aeróbia. Essa capacidade é mensurada a partir de avaliações associadas
aos aspectos funcionais, permitindo medidas destinadas a quantificar as respostas
funcionais durante a realização de esforços. O objetivo deste estudo é analisar as
respostas de variáveis respiratórias no teste de YO-YO intermitente de resistência,
nível II proposto por Jens BANGSBO (1996).A amostra foi constituída de 19 futebolistas
sendo, 10 juvenis e 09 juniores, da equipe do Londrina Esporte Clube. Cada avaliado
foi previamente informado sobre os procedimentos do experimento e suas
implicações, sendo necessário à assinatura de um termo de consentimento para a
participação no estudo. Foram feitas medidas de peso e estatura. Para avaliar a
capacidade aeróbia dos atletas foi utilizado o teste de campo, YO-YO intermitente,
nível 2. Para a coleta dos dados referentes às variáveis respiratórias foi utilizado o
analisador de gás K4b2 (Cosmed), com função "breath-by-breath", sendo feita
posteriormente a padronização dos dados em 15 segundos. Para a análise dos dados
foi utilizada a Estatística Descritiva, utilizando o software Statistica for windows 6.0
e para o ajuste de curva dos valores médios do consumo de oxigênio foi utilizado o
software Curve Expert 1.3. Os atletas apresentaram a estatura de 1,76±0,6 e peso de
64,39 ± 7,1. Os resultados obtidos no teste de campo apresentaram uma distancia
média percorrida pelos atletas de 976,8 ±222,8 metros. As variáveis respiratórias
apresentaram os seguintes valores médios para os valores picos: VE (l/min)
136,9±19,0; VO2(l/min) 3,63±0,4; VCO2 (l/min) 4,43± 0,5 e VO2pico (ml.kg1.min-
1) 56,8±4,2. A partir dos valores médios do consumo de oxigênio durante o teste,
foi feito o ajuste de curva para estabelecer a equação de regressão tentando estimar
o consumo de oxigênio em função do tempo decorrente de teste. O modelo de
ajuste utilizado foi o "Multiple Multiplicative Factor" gerando a seguinte equação
onde é possível estimar o consumo de oxigênio a partir do tempo decorrido de teste
VO2máx (ml.kg1.min1)=(1,46x14943,2+(57,52xt2,17)/(14943,2+t2,1),
apresentando um coeficiente de correlação 0,99 e de determinação de 0,98. Portanto
este estudo corrobora informações encontradas na literatura utilizando este tipo de
teste e proporciona a técnicos e treinadores físicos subsídios para melhor
conhecimento das variáveis respiratórias durante o teste.