Análise de custo-efetividade de um programa de exercícios físicos em pacientes hipertensos no Sistema Único de Saúde (SUS): dados da vida real.

O estudo teve como objetivo realizar uma análise de custo-efetividade comparando o tratamento baseado na terapia medicamentosa tradicional (TMT) com o tratamento alternativo baseado na combinação de TMT e programa de exercícios (TMT+E) em condições reais de prática clínica. Métodos: Os desfechos de saúde monitorados durante a investigação foram parâmetros metabólicos (glicose, colesterol e triglicerídeos) e de composição corporal (peso, índice de massa corporal [IMC] e percentual de gordura corporal [%GC]) dos indivíduos em cada grupo. Os gastos com saúde de cada participante foram estimados, incluindo informações registradas em prontuários médicos durante 12 meses de acompanhamento. Resultados: O grupo de intervenção apresentou vantagens econômicas em comparação ao grupo controle para triglicerídeos, colesterol, peso, IMC e percentual de gordura corporal, correspondendo a uma economia de US$ 7,63/mg/dL, US$ 5,20/mg/dL, US$ 31,21/kg, US$ 69,38/kg/m² e US$ 19,32/%GC. Os resultados foram mantidos mesmo após análises de sensibilidade. Conclusões: Programas de exercícios físicos podem representar uma relação custo-benefício vantajosa para intervenções de saúde pública em pacientes hipertensos em unidades de atenção primária à saúde, devido à redução de variáveis ​​metabólicas e de composição corporal, que são fatores de risco para doenças crônicas.

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