Análise de Lesão Muscular e Comportamento do Vo2máx Entre Um Programa de Treinamento de Corrida em Piscina Funda e Corrida em Terra
Por Alecsandra Pinheiro Vendrusculo (Autor), Cristine Lima Alberton (Autor), Fernando Beltrame (Autor), Jéssica Maier (Autor), Leonardo Alexandre Peyré Tartaruga (Autor), Patrícia Dias Pantoja (Autor), Luiz Fernando Martins Kruel (Autor).
Em Cinergis v. 15, n 2, 2014. Da página 87 a 93
Resumo
Objetivo: avaliar e comparar a ocorrência de lesão muscular e o comportamento do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) entre um programa de treinamento de corrida em terra (CT) e um programa de treinamento de corrida em piscina funda (CPF). Método: participaram do estudo 14 indivíduos não treinados. O treinamento durou 12 semanas, três vezes na semana. Analisou-se o comportamento do VO2máx pré e pós-treinamento. Para a análise de lesão muscular utilizou-se a enzima creatina quinase (CK) pré, logo após, pós 24h e 48h da sessão, a cada quatro semanas e a ultrassonografia (US) a cada quatro semanas. Resultados: Quando se analisou o comportamento do VO2máx, verificou-se diferença entre os valores pré e pós-treinamento, mas não houve diferença entre os grupos. Quanto à CK, verificou-se diferença entre os grupos na medida 24hs após, o que não foi verificado nas outras medidas. Para o grupo CT, somente nas coletas dois e quatro verificou-se diferença entre as medidas 24hs após e 48hs após, mas não ocorreram diferenças significativas entre as medidas e nem entre os grupos. Na US, nenhum dos grupos apresentou diferença significativa entre os exames, mas no grupo CT apareceram duas lesões na terceira coleta. Considerações finais: concluiu-se que as duas modalidades de treinamento proporcionam uma melhora na aptidão cardiorrespiratória e, embora não tenha ocorrido diferença significativa em algumas coletas de CK entre os grupos, a CT provocou maiores aumentos na concentração sanguínea de CK, sugerindo que o meio líquido pode ser o mais indicado para proteger o sistema musculoesquelético.