Resumo

Estudos apontam que os indicadores de desempenho posse de bola e passes podem ser considerados fatores de sucesso das equipes bem-sucedidas. Dessa forma, é importante analisar os setores onde são efetuados esses indicadores, verificando se há diferença entre as equipes de maior e de menor sucesso na competição.
Objetivo: Comparar os setores em que foram situados e efetuados os indicadores de desempenho posse de bola e passes, entre as equipes de maiores e menores pontuações na Premier League.
Metodologia: A amostra foi composta por equipes participantes da Premier League, temporadas 2014-2015 a 2018-2019, analisando as quatro primeiras equipes colocadas (n=20) e as quatro últimas (n=20) de cada temporada. Os dados das médias das partidas e os demais dados estatísticos foram coletados no site whoscored.com. Analisou-se a média final de posse de bola, passes e zonas de ações em três setores do campo, sendo eles: setor de ataque, setor de meio-campo e setor de defesa. Utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para verificação de normalidade e os testes t e Mann-Whitney para a comparação das zonas de ações, considerando o valor de p<0,05 para nível de significância.
Resultados: Foi possível observar que as melhores equipes tiveram maior porcentagem média de posse de bola (57,2% contra 45,8%) do grupo das piores classificadas; mais passes efetuados para o setor de meio-campo (307,0 contra 214,5); mais passes para o setor de ataque (209,9 contra 143,4); e média em porcentagem da zona de ação no setor de ataque (30,9% contra 25,8%), indicando assim resultados estatisticamente diferentes (p <0,05).
Conclusão: Comparando os setores de campo, as melhores equipes obtiveram resultados superiores significativos em passes efetuados para os setores de meio-campo e ataque, com ações em posse de bola na zona de ataque por maior tempo, em relação ao grupo das quatro últimas colocadas.

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