Análise de Sessões Consecutivas de Hiit no Estado Redox
Por Lúcio Marques Vieira Souza (Autor), Jymmys Lopes dos Santos (Autor), Roas de Araújo Costa (Autor), Anderson Carlos Marçal (Autor), Charles dos Santos Estevam (Autor).
Resumo
O HIIT tem menor duração do que outros tipos de treinamento e promove melhora do metabolismo e da capacidade cardiorrespiratória. No entanto, é realizado em altas intensidades e com isto pode ocasionar desde lesões, fadiga, aumento de espécies reativas de oxigênio, e se ocorrer um desequilíbrio entre as reações de oxidação e de antioxidação será ocasionado o estresse oxidativo. Os efeitos do HIIT em períodos consecutivos ainda carecem de maiores referenciais. O objetivo principal do estudo foi avaliar o efeito de 15 dias consecutivos de um protocolo de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) em ratos nos marcadores de danos oxidativos no sangue e nos órgãos músculo gastrocnêmio, fígado e coração. Desta forma, foram utilizados ratos Wistar que foram divididos aleatoriamente em 2 grupos: Sedentário (GC, n=10) e animais submetidos ao treinamento intervalado de alta intensidade (GH, n=10). Os resultados demonstraram que houve aumento da peroxidação lipídica no grupo GH quando comparado com o GC nas amostras de sangue (297%, p<0,0001), músculo gastrocnêmio (225%, p<0,0001), fígado (398%, p<0,0001) e coração (186%, p<0,0001). Todavia, a concentração de grupamentos sulfidrilas no grupo GH foi reduzida quando comparada com o GC para as amostras de sangue (44%, p<0,0001) músculo gastrocnêmio (46%, p<0,0001), fígado (44%, p<0,0001) e coração (47%, p<0,0001). Conclui-se que treinos diários de HIIT com altos percentuais de intensidade e sem tempo para recuperação entre as sessões podem resultar em alterações no balanço redox do organismo em marcadores de danos oxidativos como o malondialdeído e grupamentos sulfridrilas.