Análise descritiva do Índice de Força Reativa em atletas adolescentes em relação ao Pico de Velocidade de Crescimento
Por Gustavo Henrique Api (Autor), Loani Landin Istchuk (Autor), Santa Mônica Clube de Campo (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
Em atletas adolescentes, a maturação demonstra melhora do desempenho relacionado a indicadores biológicos de acordo com o pico de velocidade de crescimento (PVC). Dentre estes indicadores, valores mais altos do Índice de Força Reativa (RSI) estão relacionados a um melhor desempenho, em particular as ações de aceleração, mudança de direção e agilidade, sendo importante sua investigação em adolescentes. Objetivo: Realizar uma análise descritiva, reportando valores do RSI em atletas adolescentes em relação ao (PVC). Referencial teórico: O RSI descreve a capacidade rápida de mudança entre ações musculares excêntricas e concêntricas (REBELO et al., 2022). Atletas que apresentam maiores índices, apresentam também melhor desempenho na mudança de direção e agilidade (YOUNG; MURRAY, 2017). Materiais e métodos: Oitenta e um atletas adolescentes do sexo masculino (40) e feminino (41), foram submetidos a avaliação da massa corporal, estatura em pé e sentada, e PVC, através da fórmula proposta por Mirwald et al. (2002), resultando em um valor de anos para atingir, ou anos que se passaram do estimado PVC. Para a avaliação do RSI, foi utilizado um tapete de contato, e calculada a razão entre a altura do salto em metros, e tempo de contato com o solo em segundos, em 3 tentativas do salto Drop Jump, onde os participantes realizavam os saltos, partindo de um degrau com altura de 30cm, sendo orientados a realizar o menor contato possível com o tapete com a maior altura possível a ser alcançada. Os participantes ainda deveriam manter as mãos na cintura durante todo o movimento, e não flexionar joelhos ou quadris durante a fase de voo. Para a análise, os atletas foram divididos em dois grupos: até 1 ano do PVC (PVC1) e mais que 1 ano do PVC (PVC2). Foi realizado uma comparação do RSI entre os grupos através do Test T de Student. Resultados e Discussão: Para o sexo masculino, o grupo PVC1 (n=26; Idade: 13,81±0,90 anos; PVC: 0,11±0,61 anos) apresentou valores de RSI de 1,01±0,34 metros por segundo (m/s), e o grupo PVC2 (n:14; Idade:15,36±0,50 anos; PVC: 1,63±0,37 anos) de RSI de 1,36±0,30 m/s. Já para o sexo feminino, o grupo PVC1 (n:12; Idade: 12,42±0,51; PVC: 0,26±0,49) reportou valores de RSI de 0,74±0,17 m/s, e o grupo PVC2 (n:29; Idade: 14,07±1,49; PVC: 2,18±0,84) de 0,95±0,33 m/s. Houve diferenças significativa entre os grupos para RSI em razão do PVC em ambos os sexos (p<0,01). De maneira similar, em uma meta-análise é reportado que meninos que estão no PVC, apresentam maiores respostas ao desempenho do salto em comparação às meninas (PEITZ; BEHRINGER; GRANACHER, 2018). Conclusão: Este estudo sugere que o RSI é mais evidente para meninos em comparação a meninas durante e após o PVC, sendo uma importante variável a ser monitorada