Resumo

A gestão esportiva tem mostrado suas contribuições para o sucesso de uma modalidade, em particular através da elaboração do calendário de competições. Isso porque, o calendário competitivo é fundamental no desenvolvimento do atleta, pois influencia desde a planificação dos treinamentos, até a regulação da periodicidade dos torneios. Ao entender essa importância e identificar uma lacuna deste conhecimento no voleibol de praia, faz-se necessário avaliar as mudanças que ocorreram no calendário esportivo da modalidade após décadas de competições. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar todas as edições do principal calendário competitivo de voleibol de praia brasileiro e mundial. A pesquisa é caracterizada como descritiva através de análise documental, a partir de buscas on-line nos documentos publicados nos sites próprios da Confederação Brasileira de Voleibol e Federação Internacional de Voleibol. Os resultados mostraram uma diferença no número de etapas do circuito brasileiro, comparando a temporada de 1994 (n=19) com a última edição em 2018/2019 (n=7), apontando uma redução de 63,15%. O calendário mundial, por sua vez, tem crescido gradativamente através de constantes mudanças e novas estratégias operacionais. A gestão internacional expandiu o calendário competitivo chegando ao ápice em 2018 com 46 torneios femininos em uma única temporada, ou seja, crescimento de 2.200% quando comparado com a primeira edição em 1993 (n=2). Essas alterações geram maiores oportunidades competitivas para os atletas, especialmente os estrangeiros, e crescimento para a modalidade. Contudo, a redução das etapas no calendário brasileiro repercute negativamente de forma direta nos atletas nacionais e possivelmente no desenvolvimento futuro do esporte no país. A fim de evitar isso, sugere-se elaborar um novo formato de competição, bem como a abertura para novos patrocinadores, visando um calendário mais abrangente e com melhores condições competitivas e financeiras para as duplas.

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