Resumo

O objetivo do estudo foi comparar o comportamento do COP e do sentido de posição articular passivo em indivíduos com e sem instabilidade de tornozelo, e correlacionar as variáveis de COP e sentido de posição articular passivo. Participaram 20 indivíduos, divididos em dois grupos: grupo estável (GE) e grupo instável (GI). A avaliação do COP foi feita com o teste de apoio unipodal, com olhos abertos e fechados sobre uma plataforma de força. O teste de reposicionamento articular passivo foi realizado com os olhos vendados. O tornozelo foi posicionado em um ângulo alvo (10° e 20°) e o dinamômetro movia passivamente o tornozelo, então os participantes eram instruídos a apertar o botão para parar o movimento quando sentissem que o tornozelo estava no ângulo alvo, obtendo assim o erro angular absoluto (EAA). Foram obtidas as variáveis: deslocamento total (DT); desvio padrão ântero-posterior (DPap) e médio-lateral (DPml); velocidade média total (VMT); velocidade média ântero-posterior (VMap) e médio-lateral (VMml). A comparação entre dados que apresentaram distribuição normal foi feita com o teste t de Student, enquanto que para DT e DPml foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Da mesma forma, foram usados os testes de Pearson e Spearman para correlacionar as variáveis. Foi adotado α < 0,05. Houve diferença entre EAA-10° (p < 0,05). Foram encontradas fortes correlações entre: EAA-10° e VMT (p < 0,01 r = −0,867); EAA-10° e VMap (p < 0,01 r = −0,854); EAA-10° e VMml (p < 0,01 r = −0,771), na condição olhos abertos, e EAA-10° e DT (p < 0,05 r = −0,666); EAA-10° e DPap (p < 0,05 r = −0,685) e EAA-10° e VMml (p < 0,05 r = −0,766) na condição olhos fechados. Entorses de tornozelo prejudicam o sentido de posição, sem afetar o equilíbrio.

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