Análise do óxido nítrico no tecido adiposo de camundongos induzidos à obesidade e submetidos ao treinamento intervalado de alta intensidade, destreino e retreino

A fisiopatologia da obesidade associa-se com um aumento na atividade imune dos adipócitos. No processo inflamatório persistente nesta patologia, a molécula gasosa óxido nítrico (NO) atua como um potente vasodilatador. O treinamento físico é conhecido como uma medida não medicamentosa capaz de atenuar a inflamação e combater a obesidade. Todavia há um vácuo acadêmico sob seus efeitos no destreino e retreino, especialmente no treino intervalado de alta intensidade (HIIT). Objetivo: Analisar os níveis de óxido nítrico no tecido adiposo de camundongos obesos submetidos ao treinamento intervalado de alta intensidade, destreino e retreino. Referencial teórico: O treinamento HIIT tem sido comumente reconhecido pela redução do índice de adiposidade em poucas semanas (Keech et al. 2017). No entanto, há uma lacuna na literatura acerca desses efeitos do treinamento HIIT sob os períodos de destreino e retreino. A biodisponibilidade de óxido nítrico pode ser baixa na obesidade, dado que o óxido nítrico sintase induzível (iNOS) pode ser conjugado e formado em peróxido nitrito (Klabunde et al. 2007), conferindo as baixas concentrações de NO no tecido adiposo. Materiais e métodos: 75 camundongos C57BL6 foram divididos em grupo de dieta obesogênica (WD, n = 35) e grupo de dieta controle (AIN, n = 35) com indução de 10 semanas. Após a indução, ambos os grupos foram subdivididos em animais treinados e em animais controles. Todos os períodos de treinamento duraram por 6 semanas, 3x por semana e 5 séries de 90% de intensidade (1 minuto de descanso ativo entre as séries) Para as análises adiposas, foram utilizados os tecidos adiposos epididimal sob ensaio imunoenzimático (Elisa) com reação de Griess. Resultados e Discussão: Após a indução dietética o grupo que recebeu a dieta obesogênica (WD) adquiriu um maior % de adiposidade em comparação ao grupo de dieta controle (AIN) (p = 0,001). Com o período de treinamento HIIT finalizado, os grupos treinados (WD-T e AIN-T) não tiveram uma redução no índice de adiposidade em relação aos seus grupos controles (WD-C e AIN-C). No destreino, observou-se uma heterogeneidade no índice de adiposidade entre os obesos treinados (WD-T) ao demais grupos (p < 0,0001). No retreino, os grupos WD’s permaneceram com um maior percentual de gordura em comparação aos grupos AIN’s (p = 0,05). Acerca das mensurações de óxido nítrico, não foram apresentadas mudanças em suas concentrações no tecido adiposo, em todos os períodos de treinamentos. Conclusão: Embora o treino HIIT possua alguns efeitos positivos a curto prazo, os animais não obtiveram uma redução no índice de adiposidade no retreino. Ademais, observaram-se dosagens de óxido nítrico baixas e não se notou diferença de concentrações entre os períodos estabelecidos. Conclui-se até o momento que as concentrações de NO são diminutas, principalmente em camundongos obesos com perfil diabético

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