Resumo

O presente trabalho objetivou I) identificar as alterações no padrão de movimento durante a realização do OHS e possíveis diferenças entre os sexos durante um protocolo pré-definido em praticantes de condicionamento extremo, II) determinar a prevalência de lesões, analisar o perfil desses praticantes e a uma triagem das lesões associadas em praticantes de um programa de condicionamento extremo, podendo assim identificar uma provável lesão ou fatores de risco para desenvolvê-la. Para alcançar o primeiro objetivo Foram avaliados onze homens (28,6 ± 4,5 anos, 85,1 ± 8,4 kg, 1,80 ± 0,07 metros, 13,8 ± 7,7 meses de prática) e onze mulheres (30,5 ± 4,8 anos, 68,2 ± 10,36 kg, 1,70 ± 0,05 metros, 20,3 ± 17,01 meses de prática) praticantes de Crossfit. O protocolo escolhido para o treinamento foi o “Nautical Nancy” que consistiu na realização de 5 rounds de 15 overhead squats e 400 metros de remo. Durante do exercício foi realizada uma análise em que os ângulos de flexão de ombro, joelho e quadril foram analisados no primeiro e último round. Para os homens houve aumento dos ângulos de flexão de ombro e quadril e as mulheres aumentaram os ângulos de flexão de ombro e joelho. Para os homens houve aumento dos ângulos de flexão de ombro e quadril e as mulheres aumentaram os ângulos de flexão de ombro e diminuição do ângulo de flexão de joelho. Essas alterações quando os praticantes são expostos a uma sessão requerem atenção, diminuindo assim a exposição dos praticantes aos riscos de lesões. Para alcançar o segundo objetivo os praticantes responderam perguntas sociodemográficas, relacionadas à prática da modalidade, relacionadas às lesões e ao Questionário de Prontidão para o Esporte com Foco nas Lesões Musculoesqueléticas (MIR-Q). Foram avaliados 368 praticantes de Crossfit. Nesta amostra, 57,33% eram mulheres, 54,61% dos praticantes respondeu SIM em pelo menos uma das questões do MIR-Q, 48,91% relataram dor/lesão em pelo menos um segmento corporal. Neste estudo foi encontrado uma relação positiva moderada entre a dor com a quantidade de respostas afirmativas no MIR-Q e os praticantes que relataram positivo para dor/lesão tiveram 2,76 mais vezes ter respondido de forma positiva ao MIR-Q. A taxa de lesões (48,91%) encontrada entre os participantes foi semelhante à taxa de lesões em outros estudos com a mesma população e que mais da metade a amostra necessita de uma consulta com um especialista, a partir do método de triagem adotado.


 

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