Resumo

1 INTRODUÇÃO 
A presente pesquisa objetiva identificar e compreender as dificuldades que explicam o pouco progresso do voleibol no Pará buscando também elucidar o papel do estado no desenvolvimento do esporte por meio da implantação de políticas públicas. Uma vez que o voleibol paraense se estruturou de forma oficial a partir da federação em 1973 e atualmente continua ausente em competições de nível nacional. Ademais, busca contribuir na repercussão da temática, ainda tão pouco abordada em trabalhos científicos. 

2 METODOLOGIA 
O estudo é uma pesquisa exploratória de campo com caráter qualitativo. Para a coleta de dados foi cometido e aplicado, nos primeiros meses de 2017, um questionário contendo treze perguntas, sistematizadas em três tópicos: Organização do voleibol; incentivo ao voleibol paraense; dificuldades do voleibol paraense. Foi encaminhado para o vice-presidente da Federação de Voleibol Paraense (FVP) e para técnicos de times de voleibol da região metropolitana de Belém. A análise se deu a partir da leitura de cada questionário respondido buscando encontrar semelhanças e diferenças das respostas e opiniões dos sujeitos participantes. O aporte teórico foi escolhido buscando teóricos que discutam o voleibol nacional e a importância de políticas públicas para o desenvolvimento do esporte.

3 DESCRIÇÕES, RESULTADOS, INTERPRETAÇÕES... 
O voleibol nacional, no período da década de 80, passou por grandes alterações nas suas estruturas da profissionalização, como consequência da liberação para empresas patrocinarem clubes ou entidades desportivas. Nesse período, os atletas começam a permanecer no Brasil, pois surgiram as primeiras Associações Desportivas Classistas que ofereciam melhores condições financeiras e estruturais, o que resultou na maior participação em competições, o voleibol assim passa do amadorismo para o profissionalismo e sofre um significativo crescimento (WANDERLEY 2001, p. 120). No entanto é importante entender que nesse contexto o “nacional” não se refere a totalidade do Brasil, mas se restringe principalmente no sul e sudeste do país, regiões estas que abrigam os maiores complexos esportivos e onde são formados os mais qualificados atletas de voleibol brasileiros. 
Atualmente voleibol paraense, se apresenta de forma mal difundida, em todo o estado, pois existem poucas equipes disputando campeonatos promovidos pela federação, pelo governo do estado ou prefeituras. O resultado da análise do questionário aplicado para a pesquisa demostra que a FVP é fundamental para a organização do voleibol no Pará, no entanto, os clubes/times possuem pouca informação acerca de como a mesma funciona, e também enfrentam uma grande burocracia para se filiarem. Quanto ao incentivo, este é insuficiente em comparação as necessidades do esporte. Ademais, os meios de comunicação, principalmente as redes sociais, são utilizados para divulgação do voleibol, no entanto ainda pouco explorados em todas as suas possibilidades. Acerca das dificuldades, foram apontados como fatores a falta de incentivo, divulgação, e principalmente a falta de investimento. 
A questão é: quem deve ser o responsável por incentivar e investir no voleibol paraense? Na constituição brasileira consta no Art. 217 que é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais. Nesse sentido, é necessário a implantação de políticas públicas, que são conjunto de ações realizadas pelo Estado, visando ao bem coletivo (SOUZA, 2006, p. 37) e a solução de problemas. 


4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conclui-se que o voleibol no Pará está desestruturado e pouco evolutivo devido a falta de incentivos adequados. O que ratifica a necessidade de implementação de políticas pulicas. Ademais, a pesquisa, mostra a necessidade de estudos mais profundos acerca da temática que é pouco abordada em trabalhos científicos. 

5 REFERÊNCIAS
SOUZA, C. Políticas públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, n. 16, ano 8, p. 20-45, jul/dez, 2006.
WANDERLEY, M. J. "Sacando" o Voleibol: do amadorismo à espetacularização da modalidade no Brasil (1970-2000). Campinas, SP , 2001.

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