Análise dos Distúrbios do Sono, da Composição Corporal e da Qualidade de Vida em Mulheres com Fibromialgia
Por Elena Marie Peixoto Ruthes (Autor), Wagner Luis Ripka (Autor), Karin Dal Vesco (Autor), Oslei de Matos (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 9, n 4, 2017. Da página 1 a 13
Resumo
OBJETIVO: Analisar a relação de distúrbios do sono com diferentes critérios de avaliação da composição corporal, da escala de dor e da qualidade de vida em sujeitos com fibromialgia (FM).MÉTODOS: Fizeram parte do estudo mulheres diagnosticadas com FM. A avaliação incluiu: Questionário de Impacto da Fibromialgia na qualidade de vida (FIQ), Escala visual analógica (EVA), Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) e Absorciometria de Raios-X de Dupla Energia (DXA). A composição corporal foi avaliada pelo índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura total (%G) e índice de massa gorda (fat mass index – FMI). A análise estatística deu-se por medidas de posição e dispersão. Também foi aplicado teste de correlação e o teste chi-quadrado para verificar a associação entre as variáveis.RESULTADOS: Foram avaliadas 44 mulheres. A média da idade das participantes foi de 51,48±8,94 anos. A partir do DXA, 59,1% da amostra foi classificada com sobrepeso e 40,9% com obesidade. Para o questionário PSQI, 95,5% apresentaram classificação para sono ruim. Para o FIQ, o valor médio encontrado foi de 67,78±15,13 pontos. A análise chi-quadrado dos indicadores de qualidade de sono indicou que pacientes de FM com FMI elevado tendem a apresentar piora do sono (X²=4,565; p=0,033)CONCLUSÕES: Verificou-se que a gordura corporal avaliada a partir do %G e do FMI apresentou correlação significativa com a piora na qualidade do sono. Indivíduos com os maiores escores de PSQI foram significativamente associados a maiores escores de FIQ e de FMI.