Resumo

OBJETIVO: Analisar a relação de distúrbios do sono com diferentes critérios de avaliação da composição corporal, da escala de dor e da qualidade de vida em sujeitos com fibromialgia (FM).MÉTODOS: Fizeram parte do estudo mulheres diagnosticadas com FM. A avaliação incluiu: Questionário de Impacto da Fibromialgia na qualidade de vida (FIQ), Escala visual analógica (EVA), Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) e Absorciometria de Raios-X de Dupla Energia (DXA). A composição corporal foi avaliada pelo índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura total (%G) e índice de massa gorda (fat mass index – FMI). A análise estatística deu-se por medidas de posição e dispersão. Também foi aplicado teste de correlação e o teste chi-quadrado para verificar a associação entre as variáveis.RESULTADOS: Foram avaliadas 44 mulheres. A média da idade das participantes foi de 51,48±8,94 anos. A partir do DXA, 59,1% da amostra foi classificada com sobrepeso e 40,9% com obesidade. Para o questionário PSQI, 95,5% apresentaram classificação para sono ruim. Para o FIQ, o valor médio encontrado foi de 67,78±15,13 pontos. A análise chi-quadrado dos indicadores de qualidade de sono indicou que pacientes de FM com FMI elevado tendem a apresentar piora do sono (X²=4,565; p=0,033)CONCLUSÕES: Verificou-se que a gordura corporal avaliada a partir do %G e do FMI apresentou correlação significativa com a piora na qualidade do sono. Indivíduos com os maiores escores de PSQI foram significativamente associados a maiores escores de FIQ e de FMI.

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