Analise dos Dribles de Armadores, Alas e Pivôs em Jogos de Basquetebol de Alto Rendimento
Por Anderson Calderani Junior (Autor), Renê Augusto Ribeiro (Autor), Milton Shoiti Misuta (Autor), Luciano Allegretti Mercadante (Autor).
Em II Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte FCA-UNICAMP/SESC - CONIPE
Resumo
Introdução: O basquetebol é uma modalidade com diversas demandas físicas em diferentes níveis de intensidade. Dentre os movimentos realizados, uma das ações importantes é o drible, por representar o deslocamento com a bola, determinante para um ataque de sucesso, onde as distâncias percorridas e velocidades dos jogadores, nesta ação, colaboram com a compreensão destas demandas. Objetivo: Quantificar a velocidade e distância percorrida em movimentos de drible de jogadores de basquetebol. Metodologia: Analisamos seis jogos de uma equipe brasileira de alto rendimento. A partir da filmagem dos jogos, obtivemos a posição em função do tempo dos jogadores, calculamos a velocidade e calculamos a distância percorrida. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e Kruskal-Wallis para verificação da normalidade dos dados e diferenças entre posições/funções dos jogadores. Resultados: Nos seis jogos, foram obtidos 803 deslocamentos em drible. Armadores realizaram 450 deslocamentos, representando 56%. Alas e pivôs apresentaram 259 e 94 deslocamentos, representando respectivamente, 32,2 e 11,7%. A média de velocidade dos armadores em drible foi de 2,87 ± 1,17 m/s. Alas apresentaram média de 2,89 ± 1,24 m/s e os pivôs de 2,33 ± 1,42 m/s. Quanto à distância percorrida, armadores tiveram média de 11,91 ± 7,88 m, alas e pivôs apresentaram 9,55 ± 8,15 m e 2,56 ± 2,83 m percorridos durante o drible. Na análise das médias de distância percorrida, houve diferença estatisticamente significante entre todas as posições. Para a velocidade, o teste apresenta somente os pivôs como significantemente diferentes de outras posições. Conclusões: Armadores necessitam estar preparados para exercerem dribles em maiores frequências e distancias, se comparado a outras posições. Devido aos menores níveis de velocidade dos pivôs, comparado à outras posições nos movimentos de drible, concluímos que os jogadores desta posição não são exigidos a executarem o drible em maiores intensidades durante a partida.