Resumo

Introdução: O basquetebol é uma modalidade com diversas demandas físicas em diferentes níveis de intensidade. Dentre os movimentos realizados, uma das ações importantes é o drible, por representar o deslocamento com a bola, determinante para um ataque de sucesso, onde as distâncias percorridas e velocidades dos jogadores, nesta ação, colaboram com a compreensão destas demandas. Objetivo: Quantificar a velocidade e distância percorrida em movimentos de drible de jogadores de basquetebol. Metodologia: Analisamos seis jogos de uma equipe brasileira de alto rendimento. A partir da filmagem dos jogos, obtivemos a posição em função do tempo dos jogadores, calculamos a velocidade e calculamos a distância percorrida. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e Kruskal-Wallis para verificação da normalidade dos dados e diferenças entre posições/funções dos jogadores. Resultados: Nos seis jogos, foram obtidos 803 deslocamentos em drible. Armadores realizaram 450 deslocamentos, representando 56%. Alas e pivôs apresentaram 259 e 94 deslocamentos, representando respectivamente, 32,2 e 11,7%. A média de velocidade dos armadores em drible foi de 2,87 ± 1,17 m/s. Alas apresentaram média de 2,89 ± 1,24 m/s e os pivôs de 2,33 ± 1,42 m/s. Quanto à distância percorrida, armadores tiveram média de 11,91 ± 7,88 m, alas e pivôs apresentaram 9,55 ± 8,15 m e 2,56 ± 2,83 m percorridos durante o drible. Na análise das médias de distância percorrida, houve diferença estatisticamente significante entre todas as posições. Para a velocidade, o teste apresenta somente os pivôs como significantemente diferentes de outras posições. Conclusões: Armadores necessitam estar preparados para exercerem dribles em maiores frequências e distancias, se comparado a outras posições. Devido aos menores níveis de velocidade dos pivôs, comparado à outras posições nos movimentos de drible, concluímos que os jogadores desta posição não são exigidos a executarem o drible em maiores intensidades durante a partida.