Resumo

A estabilidade da coluna vertebral depende de sistemas em três formas, passivo, ativo e neural. Para garantir a estabilidade dinâmica e estática da coluna é essencial o equilíbrio muscular e, desse modo, percebe-se a importância da prevenção de lesões, ou dores, por meio do exercício físico. O treinamento neuromuscular tem como propósito melhorar a capacidade de reação do sistema e, se houver diminuição desse controle neuromuscular, pode resultar no uso em excesso de determinadas articulações e, com isso, resultar em lesões. Como o treinamento neuromuscular para membros inferiores já é bem estabelecido para a prevenção de lesões no joelho, optou-se por avaliar a ação dele na estabilização da coluna vertebral por meio da eletromiografia que, com uso de um eletrodo de superfície na pele (não invasivo), localizado próximo ao potencial de ação da unidade motora traduz, a ativação muscular dos multifidos lombares (ML), transverso do abdômen/Obliquo interno (TA/OI) e glúteo máximo (GM). Também optou-se por analisar, por meio de um grupo focal, a percepção das voluntárias entre dois treinamentos, sendo eles o pliométrico associado aos exercícios resistidos (neuromuscular) vs treinamento virtual. Foram elaborados dois artigos, um quantitativo sobre intervenção neuromuscular vs grupo controle, com uma amostra de 30 voluntárias, e um segundo artigo constituído de grupos focais, com 15 voluntárias. Todas apresentavam idade entre 18 e 30 anos e foram submetidas a 24 sessões de treinamento. No primeiro artigo observou-se, que o treinamento neuromuscular para membros inferiores pareceu promover melhor consciência corporal, permitindo melhor distribuição de peso e consequentemente menor necessidade de recrutamento muscular para a atividade exigida, tendo maior estabilidade do tronco. No segundo, as voluntárias relataram que o treinamento neuromuscular não gerou dor, exceto durante as trocas de fases do protocolo, que havia a crescente mudança na dificuldade exigida e houve mais facilidade nos exercícios resistidos quando comparado com os exercícios de barreiras e saltos. A maioria relatou melhora na disposição, maior estabilidade e fortalecimento de membros inferiores. Já no treinamento virtual, a característica mais perceptível foi do desafio de acreditar que um jogo virtual poderia ser usado como um protocolo de treinamento e gerar resultados satisfatórios. Elas relataram sobre a superação nele e a melhora do condicionamento físico e sobre acordar com mais disposição. A corrida foi a mais citada como dificuldade e a diversão de realizar o treino com um jogo virtual de qualidade. De acordo com os relatos, pode-se perceber que as participantes do estudo identificaram os benefícios físicos e emocionais que os treinos trouxeram, o que, por sua vez, permitiu melhor distribuição de peso e consequentemente a menor necessidade de recrutamento muscular para a atividade exigida com maior estabilidade do tronco, além de relatarem a importância do incentivo por meio do feedback visual e auditivo. Acredita-se que as informações contidas nesse artigo sejam úteis para propor protocolos com o mesmo enfoque.

Citação: DONZELI, Marina Andrade. Análise dos efeitos do treinamento pliométrico de membro inferior na atividade eletromiográfica e a percepção sobre o treinamento pliométrico versus treinamento virtual na prevenção de lesões em mulheres jovens. 2018. 49f . Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2018

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