Análise dos Hábitos de Actividade Física Diária (hafd) em Indivíduos com Doenças Cárdio-vasculares (dcv), no Distrito de Bragança, em Anos Precedentes Ao Aparecimento da Doença
Por José A. A. Bragada (Autor).
Em VII Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
É, actualmente, aceite que a actividade física tem um papel importante na prevenção primária das DCV. Desta forma, a inactividade é reconhecida como um factor de risco, entre outros como o tabagismo, hipertensão ou hipercolesterolémia. Conscientes destes factos, definimos como principal objectivo do nosso trabalho avaliar e analisar os HAFDnos anos precedentes ao aparecimento da doença, em indivíduos de ambos os sexos, que consultaram o hospital Distrital de Bragança, no período de Dezembro de 1998 até final de Fevereiro de 1999. Para recolha dos dados dos HAFD elaborámos um inquérito que foi respondido por 84 pessoas, via telefone. Dos 84 inquiridos, 43 eram mulheres e 41 homens, a idade média de aparecimento da doenças foi 57 anos, em termos médios estas pessoas convivem com o problema há 6.5 anos. As DCV predominantes foram: arteriosclerose, tromboses, arritmias, valvulopatias e enfartes de miocárdio. Como principais resultados e conclusões podemos referir que: os HAFDeram praticamente inexistentes (1%), para além dos inerentes à profissão. As profissões eram tipicamente sedentárias, em ambos os sexos, com excepção dos agricultores (30%). Nas senhoras a profissão "doméstica" foi a mais referida (70%)e 20% consideravam-se obesas. O hábito de fumar foi referido por 24% dos homens e 0% das mulheres. A incidência DCV é igual nos homens e nas senhoras. Nos homens o factor de risco - fumar e nas senhoras a obesidade, pode estar associado à doença Todas as pessoas inquiridas pertencem a grupos sócio-económicos baixo ou médio e com níveis de instrução acadêmica baixo (99% possui, apenas, a escolaridade básica - primária), o que significa que as pessoas com recursos superiores consultam clínicas privadas, dados os grandes períodos de espera pela consulta, que vão desde vários meses até um ano.