Análise dos pequenos jogos no voleibol: uma abordagem ecológica
Por Augusto Cézar Rodrigues Rocha (Autor), Henrque de Oliveira Castro (Autor), Auro Barreiros Freire (Autor), Bárbara Costa Faria (Autor), Gustavo Palhares Mitre (Autor), Fabiano de Souza Fonseca (Autor), Cláudio Olívio Vilela Lima (Autor), Gustavo De Conti Teixeira Costa (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 22, 2020.
Resumo
O objetivo do presente estudo foi comparar o comportamento tático e técnico de jogadores iniciantes no voleibol no side-out de acordo com quatro situações distintas de jogos reduzidos com diferentes relações área/jogador: 4,5 m2 (3,0 m x 3,0 m), 8,0 m2 (4,0 m x 4,0 m), 10,58 m2 (4,6 m x 4,6 m) e 13,52 m2 (5,2 m x 5,2 m). Foram analisados ??76 jogos disputados por 16 jogadores com média de idade de 12,2 ± 0,5 anos e experiência de 1,2 ± 0,8 anos de prática. O comportamento tático e técnico foi analisado por meio de uma adaptação do Game Performance Analysis Instrument. A análise foi realizada para a recepção, o levantamento e o ataque de acordo com os componentes relacionados ao ajuste técnico, eficiência técnica e a tomada de decisão. Os resultados mostraram que os jogadores apresentaram índices táticos e técnicos superiores nas habilidades de recepção e levantamento nas situações de 4,6 m x 4,6 m e 5,2 m x 5,2 m. Além disso, na situação de 3,0 m x 3,0 m foram encontrados índices técnicos mais elevados para o ataque. Não foram encontradas diferenças no comportamento tático do ataque para as situações analisadas. Concluímos que as restrições ambientais, impostas pelos pequenos jogos, implicam em comportamentos táticos e técnicos distintos. Assim, a estratégia pedagógica de utilização de pequenos jogos para o ensino do voleibol para jogadores iniciantes deve estar associada aos objetivos pretendidos para cada uma das habilidades básicas do voleibol.