Análise dos Sistemas Defensivos da Seleção Brasileira Feminina Adulta de Handebol
Por Vinicius Soares da Silva (Autor), Edil de Albuquerque Rodrigues Filho (Autor), Iberê Caldas Souza Leão (Autor), Marcelo Tavares Viana (Autor), Tetsuo Tashiro (Autor).
Resumo
Introdução: O diversificado treino dos sistemas defensivos da seleção Brasileira de handebol feminina leva a eficácia das atletas. Objetivo: Objetivou-se analisar os sistemas de defesa utilizados pela Seleção Brasileira de handebol feminino, no campeonato mundial - Servia / 2013; verificando por quanto tempo cada sistema defensivo foi utilizado por essa equipe. Método: O estudo foi do tipo observacional, com caráter qualitativo utilizando elementos quantitativos, analisando o tempo de utilização e a eficácia dos sistemas defensivos. Foram analisados 09 jogos gravados em vídeos que estão disponíveis no site da Confederação Brasileira de Handebol. A coleta de dados foi realizada através de observações dos jogos que direcionaram apenas para atuação das atletas dentro dos sistemas defensivos em igualdade, superioridade e inferioridade numérica. A mensuração dos dados foi realizada em duplo cego, onde, na existência de não concordância dos resultados, um terceiro avaliador foi inserido para determinar a contraprova. O estudo ocorreu nos meses de janeiro a maio de 2014. Resultados: Os resultados totais referentes aos sistemas de defesa utilizados se apresentam como: 6:0 = 2h49min47seg, 5:0 = 23min58seg, 5:1 = 4min34seg, 4:0 = 50seg, 4:1 = 34seg, 4:2 = 2min33seg, 3:2:1 = 2min21seg, 2:4 = 1min30seg. Discussão: A atuação e eficiência do Brasil, no referido evento, diz respeito a utilização de dois tipos de conhecimentos táticos: o declarativo e o processual, que foram demonstrados durante todos os jogos do campeonato. Conclusão: Nos jogos analisados do Brasil, o sistema defensivo 6:0 foi predominante em todas as partidas. Todavia, a seleção utilizou também os sistemas 5:1, 4:2, 3:2:1 e 2:4, em situações de igualdade numérica. Em inferioridade a seleção utilizou os sistemas 5:0, 4:0 e 4:1. Quando esteve em superioridade numérica, o Brasil atuou em apenas uma linha defensiva (6:0), apresentando-se mais eficiente perante seus adversários, sagrando-se campeão do mundo.
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