Resumo

Introdução: O futebol é um esporte predominantemente aeróbio com características intermitentes. Preparadores físicos e fisiologistas tem utilizado a carga externa e interna para desenvolver diferentes estratégias para controlar a carga de treinamento. Como forma de controle tem sido utilizado no meio desportivo a razão entre a carga externa e interna, chamado de índice de eficiência física sendo calculado pela fórmula (Distância por minuto / %FCmáx). Recentemente foi proposto considerar não apenas a FC e a velocidade média, mas também as acelerações executadas devido ao aumento destas ações nas partidas de futebol. Deste modo eles propõe um novo IEF, através da fórmula ((Nº de acelerações x Distância por minuto)/%FCmáx). Objetivo: Comparar o Índice de eficiência e o novo Índice de eficiência propostos na literatura em partidas de futebol. Materiais e métodos: O estudo analisou 14 partidas oficiais, disputadas por um time profissional de futebol da série B do Brasil composta de 11 atletas (idade: 25,40 ± 3,24 anos; peso: 74,17 ± 4,60 Kg; altura: 179,10 ± 7,94 cm; %G: 10,48 ± 1,14; %mm: 47,17 ± 1,67; IRL2: 696,00 ± 155,72 m; VO2: 54,76 ± 12,24 ml/Kg/min.), que mantinha treinamentos regulares e sistematizados, e disputava competições regionais e nacionais organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol durante a temporada 2018. As variáveis analisadas foram, distância total percorrida, distância percorrida por minuto, distância percorrida em zonas de velocidade, sprints, número de acelerações, número de desacelerações e foi realizado o cálculo do índice de eficiência. Resultados: Os valores médios para o marcador distância total percorrida foram 9712,00 ± 490,90 m. Já os valores médios para o marcador corridas em alta velocidade foram 496,80 ± 88,28 m. A distância percorrida em sprints foi 173,98 ± 40,20m. Os valores médios para o número de acelerações foram 103,4 ± 8,91. Já os valores médios para o número de desacelerações foram 99,72 ± 9,06. Quando comparado o Índice de Eficiência e do Novo Índice de Eficiência, o Novo índice de eficiência foi superior (Índice de eficiência: 1,18; novo Índice de eficiência: 1,35; p < 0,05) além de que ocorreu uma correlação moderada entre eles (r = 0,45). Conclusão: O presente estudo verificou que o novo índice de eficiência, incluindo as acelerações, apresenta-se como uma ferramenta mais adequada no controle de carga, pois do ponto de vista biomecânico e fisiológico é uma ação mais exigente o que gera taxas altas de desenvolvimento de força acarretado em maiores danos musculares levando a níveis de estresse fisiológico e mecânico que podem afetar o desempenho da partida e o cronograma de recuperação pós-partida.

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