Resumo

O objetivo do estudo foi verificar alterações nos parâmetros hemodinâmicos e morfofuncionais do coração de jogadores de futebol profissional e grupo controle. Onde foram analisados parâmetros hemodinâmicos, eletrocardiográficos e ecocardiográficos de 20 atletas profissionais de futebol e 19 indivíduos não treinados. Não houve diferenças significativas nas variáveis idades, massa corporal, estatura e área de superfície corporal. Os dados cardiovasculares e ecocardiográficos em repouso. A MVE A: (237.20 ± 40.00g) vs NA: (187.00 ± 26.00g) e o IMVE A (121.65± 20.23 g/cm²) vs NA: (99.84 ± 13.79 g/cm²), foram significativos no grupo atletas em relação ao NA (p< 0,001). Os valores do AE A: (18.72 ± 1.23 mm/m² vs NA: (17.70 ± 1.67 mm/m²), VDVE A: (74.89 ± 11.79 ml/m²) vs NA (66.56 ± 9.60 ml/m²) e VSVE A: (27.67 ± 6.08 ml/m²) vs NA: (22.96±4.41 ml/m²),diferenças na PAD(p< 0,027)e FCR (p< 0,001). Houve três casos de prolapso de valva mitral, cinco casos de insuficiência valvar mitral leve, dos quais quatro casos estão associados a aumento do átrio esquerdo, três casos de insuficiência valvar tricúspide discreta e dois casos de insuficiência valvar aórtica, sendo uma leve e a outra moderada e associada à valva bicúspide. Os jogadores de futebol apresentaram aumento significativo das câmaras cardíacas esquerdas. Parece que o treinamento físico do futebol produz efeitos fisiológicos na FC, PAD e PAM, resultando em um padrão de hipertrofia concêntrica e excêntrica. Tais alterações, associados a achados morfofuncionais valvares justificam a realização de exames periódicos, principalmente na avaliação pré-participativa.

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