Análise Eletromiográfica do Músculo Deltoide em Diferentes Posições de Contração Isométrica Voluntária Máxima
Por Ronei Silveira Pinto (Autor), Rafael Cristane Michel (Autor), Cristine Mársico (Autor), Cleiton Silva Correa (Autor), Bruno Tomasi Kuckartz (Autor), Cláudia Silveira Lima (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 34, n 2, 2020. Da página 205 a 214
Resumo
Diferentes posições articulares são utilizadas para realizar a contração isométrica voluntária máxima (CIVM) que servirá de referência para normalização do sinal eletromiográfico (EMG), porém em muitas destas posições não se verifica a máxima ativação do músculo deltoide. O objetivo deste estudo foi comparar a atividade elétrica das três partes deste músculo em diferentes posições articulares durante CIVMs e determinar em quais dessas são obtidas as maiores ativações musculares, para utilização na normalização do sinal EMG. A amostra foi constituída de 12 indivíduos do sexo masculino com idades entre 20 e 30 anos, treinados em força. Foi mensurada a ativação a partir da utilização da eletromiografia de superfície em seis posições articulares para a parte clavicular do músculo deltoide e em mais seis posições articulares para as partes acromial e espinal. Foi calculada, posteriormente, o valor RMS do sinal EMG de cada porção do músculo deltóide (clavicular, acromial e espinal). Para comparar essas ativações em relação ao fator posição, que inclui as seis posições de CIVM avaliadas, aplicou-se ANOVA de medidas repetidas, com teste post-hoc LSD, adotando um nível de significância de 5%. Para a parte clavicular do músculo deltoide, a posição de maior valor RMS foi em pé com flexão de ombro a 90° e realizando uma flexão do ombro; para as partes espinal e acromial foi em pé com abdução de ombro a 90º e executando uma extensão horizontal. Assim, estas posições articulares parecem ser as mais propícias para mensuração da máxima ativação das três partes do músculo deltoide durante as CIVMs, sendo adequada a utilização do sinal EMG obtido nestas condições para o posterior processo de normalização.