Resumo
O desempenho de força em um movimento pode ser determinado, dentre outros fatores, pela ativação de diferentes musculaturas em atuação sinérgica. O objetivo do presente estudo foi verificar a atividade eletromiográfica e o sinergismo dos músculos peitoral maior e tríceps braquial em testes de força máxima (1RM e CIVM) após 10 semanas de treinamento. Trinta e três jovens destreinados foram aleatoriamente divididos em três grupos, sendo dois grupos com protocolos de treinamentos distintos e um grupo controle. Os grupos experimentais realizaram 10 semanas de treinamento no exercício supino. Os protocolos foram equiparados pelo tempo sob tensão em cada série (36s), intensidade (50-55% 1RM), frequência de treinamento (3 vezes por semana com intervalos de 48 a 72h entre sessões), pausa entre séries (3 min) e número de séries (3 a 4 séries), e apresentaram diferenças apenas em relação às variáveis duração da repetição e número de repetições. O Protocolo A foi realizado com 12 repetições e duração da repetição de 3s, enquanto o Protocolo B foi executado com 6 repetições e duração da repetição de 6s. Para análise, os sinais EMG considerados durante a execução de testes máximos de força foram: 1RM - toda a repetição, e CIVM - 1 segundo ao redor do pico de ativação, utilizando a root mean square (RMS) desses intervalos. Foram realizadas quatro análises para cada teste: amplitude do sinal EMG, razão de ativação, percentual de variação do pré para o pós treinamento e cross-correlation. Os resultados demonstraram que os protocolos de treinamento, não alteraram a amplitude do sinal EMGRMS, a razão de ativação e a cross-correlation dos músculos Peitoral Maior e Tríceps Braquial no exercício supino quando esses forem avaliados em testes de força máxima. Esses resultados indicam que os protocolos propostos com diferentes configurações equiparados pelo TST não afetam o sinal EMG durante procedimento para determinação da força máxima.