Análise Eletromiográfica da Extensão do Joelho em Contrações Submáximas Durante Uma Aula de Bodypump
Por Marcelo Pinto Pereira (Autor), Mauro Gonçalves (Autor), Anderson de Souza Castelo Oliveira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O presente estudo teve por objetivo analisar o efeito de uma aula completa
(Mix 36) do BODYPUMP®, sobre os músculos vasto medial (VM) e vasto
lateral (VL). O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética Local. Vinte e dois
voluntários do sexo feminino (24,20±8,93 anos) sem experiência na prática de
BODYPUMP®, realizaram contrações isométricas de extensão de joelho por
meio de uma célula de carga a 50% da contração isométrica voluntária máxima
(CIVM) com 5 segundos de duração, com os joelhos mantidos à 90º. Essa
contração foi realizada previamente ao início da aula (Ref) e imediatamente
após o término das músicas de agachamento (Mus2), de flexão de cotovelo
(Mus6) e de afundo (Mus7). A carga utilizada durante esses exercícios foram
de 10% 1RM. Eletrodos de superfície (MediTrace®) foram colocados sobre
os músculos VM e VL do lado direito das voluntárias (DELAGI et al 1981). Foi
utilizado para as coletas um módulo de aquisição de sinais biológico (Lynx®)
calibrado com ganho de 1000 vezes, filtro passa-alta de 20Hz, passa-baixa de
500Hz, frequência de amostragem de 4000Hz, placa A/D e software específico.
Os valores de RMS (%CIVM) foram obtidos através de rotinas específicas em
ambiente MatLab. Os dados de ambos os músculos foram comparados entre
os diferentes momentos da aula, através da análise de variância de Friedman,
assim como as diferenças entre eles através do teste de Wilcoxon. Houve um
aumento significativo para o músculo VM (p0.05) entre os músculos. Concluise que durante a aula Mix 36 de BODYPUMP® os músculos VM e VL motores
principais da extensão do joelho estâo em constante ação durante as fases
concêntrica e excêntrica desenvolvendo assim um gradativo processo de fadiga.
Este processo é mais evidente na mus7 devido a maior necessidade de
estabilidade articular isométrica para a realização dos exercícios de braço. O
efeito desse tipo de atividade muscular no resultado final de um treinamento
ainda permanece em investigação apresentando neste momento a sua
importância como parâmetro para futuras comparações.