Análise Emg de Mm. Extensores do Joelho: Efeito do Tipo de Contração, ângulo Articular e Carga
Por Sarah Regina Dias da Silva (Autor), Mauro Gonçalves (Autor), Messias Luciano de Faria Pereira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar o sinal eletromiográfico (EMG) dos
músculos reto femoral (RF), vasto medial (VM) e vasto lateral (VL) do membro
inferior direito de 9 mulheres saudáveis, durante a extensão e flexão resistida
do joelho com cargas de 20%, 30%, 40% e 50% da máxima. Utilizou-se uma
cadeira específica para realização do teste, e os movimentos foram registrados
por meio de uma filmadora. O sinal EMG foi obtido por meio de eletrodos de
superfície, módulo de aquisição de sinais biológicos, placa A/D e software
específico (freqüência de amostragem: 1000Hz, ganho: 1000 vezes, filtro de
passa alta: 20Hz, filtro de passa baixa: 500Hz). Por meio das imagens digitalizadas
de 3 movimentos em cada porcentagem de carga, identificou-se as fases
concêntrica (c) e excêntrica (e) do movimento e assim os registros EMG foram
analisados por meio de rotina específica (MatLab). Os valores de RMS foram
obtidos em três intervalos de 15º, sendo os intervalos da fase concêntrica de
100º a 115º (A1c), de 115º a 130º (A2c) e de 130º a 145º (A3c), e da fase
excêntrica de 145º a 130º (A3e), 130º a 115º (A2e), e 115º a 100º (A1e). Os
valores de RMS foram normalizados pela CVM e após verificação de semelhança
entre os três valores, os valores médios destes foram analisados pelos testes de
Friedman e de Wilcoxon (p < 0,05). Entre os músculos os valores de RMS do
músculo VL em A1c, A2c e A3c na carga de 20% foram maiores do que os do
RF; e houve maior atividade do VL em relação ao VM em A3c na carga de
50%. Na fase excêntrica não houve diferença significativa entre os músculos.
Entre os ângulos, verificou-se diferença significante entre A1 e A3 tanto na
fase concêntrica quanto na excêntrica, com maiores valores de RMS em A3c
para os músculos VM e VL, e menores valores em A3e para os músculos RF,
VM e VL. Entre as cargas, somente o músculo RF apresentou maiores valores
de RMS na carga de 50% em relação à de 40% no A1c, e em relação à de 20%
no A2c e A3c. Entre as fases concêntrica e excêntrica, houve diferença em A2
para o VM (30%, 40% e 50%), VL (40% e 50%) e RF (50%), e em A3 para o
RF, VM e VL (20%, 40% e 50%) e para o VM (30%), com os maiores valores
de RMS na fase concêntrica. Conclui-se que os músculos do quadríceps atuam
de forma diferenciada em função do ângulo articular e da fase de contração,
sendo que na fase concêntrica o VL e VM apresentam uma participação mais
evidente principalmente no final da extensão do joelho e com o aumento da
carga. FUNDUNESP e CNPq