Análise do Equilíbrio em Idosos Ativos: Aplicação do Teste de Alcance Funcional
Por Maria Fernanda de Oliveira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O envelhecimento está associado ao declínio de diversos sistemas sensoriais
como o visual, o vestibular e o somatossensorial que, dentre outros, atuam
na manutenção do equilíbrio. A perda do equilíbrio acaba por afetar não
apenas o convívio social do idoso como também o desenvolvimento de
suas atividades da vida diária (AVD’s) e esportivas, que muitas vezes são
atrapalhadas pelas freqüentes quedas e suas lesões associadas. De acordo
com PRUDHAM e EVANS (1981) e CAMPBELL et al. (1981) aproximadamente
30% dos idosos com mais de 60 anos e que vivem em comunidade caem
ao ano, sendo que essa taxa sobe para 40% em idosos com mais de 80
anos. Inúmeros estudos têm apontado a prática de atividade física como
um dos fatores envolvidos na melhora e manutenção do equilíbrio em idosos
(MARIGOLD et al., 2005), associação que se tornou visível no estudo de
CARTER et al. (2001), onde a revisão de literatura mostrou a prática de
atividade física como fator influente na prevenção de quedas nessa faixa
etária. O objetivo deste estudo foi avaliar o equilíbrio de idosos ativos
através da performance dos mesmos no Teste de Alcance Funcional, que
mede a distância máxima atingida quando o indivíduo se desloca à frente,
partindo da posição em pé, ao mesmo tempo em que mantém o equilíbrio.
Quanto maior o alcance atingido, melhor a condição de equilíbrio. Os
resultados apontaram que a maioria dos idosos (72,8%) apresentou
resultados abaixo dos propostos por DUNCAN et al. (1999) divididos por
sexo e faixa etária; 18,2% obtiveram valores dentro do esperado e 9,1%
acima. A performance da grande maioria dos idosos foi abaixo do esperado
e acaba contrariando a literatura, pois por praticarem atividade física era
esperado que obtivessem pontuação no mínimo dentro dos valore s
apontados como ideais para a faixa etária e sexo. Pode-se dizer que, na
amostra analisada, a prática de atividade física não influenciou de forma
positiva o equilíbrio em idosos e que estudos posteriores são necessários,
pois o papel da atividade física precisa ser ainda muito explorado com
relação ao equilíbrio em idosos, principalmente na prevenção de quedas
nessa faixa etária.