Análise do Estresse Psíquico em Atacantes no Voleibol de Alto Nível
Por Franco Noce (Autor), Dietmar Martin Samulski (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 16, n 2, 2002. 17 Páginas. Da página 113 a 130
Resumo
No voleibol competitivo de alto nível, os atletas estão sujeitos, freqüentemente, a enfrentar
situações estressantes. Os atacantes, especificamente, são os responsáveis por finalizar as jogadas e sua
performance depende, em muitas situações, da atuação de outros atletas. Esta e outras condições podem
predispor este jogador a manifestar uma reação negativa de estresse e prejudicar seu rendimento. Este estudo
teve como objetivo principal analisar as situações típicas que atacantes vivenciam durante a competição e
verificar os comportamentos mais prováveis adotados por esses atletas nas respectivas situações. O
instrumento utilizado foi o Teste de Estresse Psíquico do Voleibol (TEP-V), composto por situações
estressantes típicas para a posição do jogador. Colaboraram neste estudo 157 atacantes de voleibol de alto
nível, participantes da Superliga 97/98, sendo 99 do sexo masculino e 58 do sexo feminino, perfazendo um
total de 79,2% da população. Os atletas apresentaram uma idade média de 24,3 anos (± 4,1) e experiência em
competição de 9,1 anos (± 4,3). Verificou-se que para os atacantes, a situação “o levantador não confia em
mim” foi considerada a mais estressante. Concluiu-se que atacantes do sexo feminino atribuem uma carga
negativa maior à maioria das situações típicas. Independente da situação de estresse enfrentada, o
comportamento mais provável a ser adotado pelos atacantes do sexo masculino e feminino foi “tento me
tranquilizar”.