Análise Fatorial Confirmatória da Escala Brasileira de Atribuição Causal (ebac)
Por Rossana Benck (Autor), Hiram Mário Valdês (Autor), Bartholomeu Troccoli (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 14, n 3, 2006. Da página 45 a 54
Resumo
Introdução: Explicações causais para o comportamento são feitas de maneira natural, automática, utilizando-se informações disponíveis e resultando em inferências que respondem às questões do tipo ‘Por quê?’. Atribuições causais de atletas, frente a qualquer situação de competição ou treino, também afetam diretamente suas expectativas quanto a futuras performances. Objetivo: Este estudo tem como objetivo testar a estrutura empírica da Escala Brasileira de Atribuição Causal – EBAC, instrumento para medir as atribuições realizadas por atletas, quando refletem sobre seus sucessos ou fracassos esportivos. A escala define o processo atribucional de causas de acordo com quatro dimensões: locus de causalidade (interno ou externo), estabilidade (estável ou instável), controlabilidade pessoal e controlabilidade externa. Metodologia: Neste estudo 438 atletas de ambos os sexos, com idades entre 10 e 17 anos (μ = 14,7 ± 1,5 anos) tiveram suas atribuições causais avaliadas segundo os fatores propostos pela EBAC. Resultados: A Análise Fatorial Confirmatória demonstrou que o modelo de quatro fatores propostos na EBAC tem uma validade excelente e a melhor estrutura fatorial quando comparada com os modelos de um ou três fatores. Este foi o único modelo com excelente ajuste aos dados como revelam os índices χ2 /df = 1,91; GFI = 0,97; CFI = 0,96; NFI = 0,93; RMSEA = 0,046. Conclusão: A EBAC tem uma excelente validade de construto e o seu uso é indicado tanto para uso acadêmico quanto aplicado podendo ocorrer, por exemplo, nas intervenções psicológicas tal como retreinamento atribucional junto a atletas.