Resumo

O presente estudo teve por objetivos (a) comparar variáveis fisiológicas e cinemáticas de nadadores masters durante um teste máximo, e (b) correla-cioná-las com o desempenho desportivo. Vinte e três atletas, de três grupos etários participaram do estudo: G1: 33.9 ± 1.7 (n = 8); G2: 44.7 ± 1.9 (n = 8) e G3: 59.4 ± 8.7 anos de idade (n = 7). Após serem obtidas as medidas an-tropométricas, os nadadores realizaram um esforço máximo de 200 m nado crawl. O consumo de oxigênio foi continuadamente registrado e a frequên-cia e distância de ciclo, e velocidade de nado, obtidos por análise de vídeo. O desempenho foi de 159.7± 11.7 (G1), 181.8 ± 20.8 (G2) e 211.0 ± 23.0 s (G3). O pico do consumo de oxigênio foi de 52.5 ± 6.3 (G1), 47.3 ± 4.4 (G2) e 38.6 ± 5.5 ml.kg.min-1 (G3), tendo a idade explicado 59% da variância do pico do consumo de oxigênio. O G3 obteve menores valores de distância (1.64 ± 0.2 m) e frequência de ciclo (33.0 ± 10.2 ciclos.min-1) comparado ao G1 (1.93 ± 0.14 m e 36.6 ± 3.6 ciclos.min-1, respectivamente). Quando todos os nadadores foram analisados como um grupo único, verificaram-se correla-ções inversas entre o desempenho e distância (r = -.72; p < .001) e frequên-cia de ciclo (r = -0.58; p = .003), índice de nado (r = -.89; p < .001) e pico de consumo de oxigênio (r = -.81; p < .001). Como esperado, tanto as variáveis fisiológicas como as cinemáticas diminuíram com a idade, levando a uma redução no desempenho em natação. O pico de consumo de oxigênio e as variáveis cinemáticas apresentaram alta correlação com o desempenho em 200 m nado crawl.

Acessar