Análise funcional da qualidade muscular após treinamento combinado de ratas na periestropausa
Por Débora Prazias Cavalcante (Autor), Rafael Augusto Santos Silva (Autor), Luana Galante Douradinho (Autor), Rodrigo Martins dos Santos (Autor), Thainá Daguane Esperança (Autor), Edilson Ervolino (Autor), Antonio Hernandes Chaves Neto (Autor), Rita Cassia Menegati Dornelles (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A perimenopausa resulta de conjunto de transformações que envolvem sequência de ativação e desativação de vias regulatórias complexas em humanos. Diminuição da massa muscular ocorre, possivelmente, orquestrada pela redução de estradiol e de sua ação como regulador molecular das propriedades do músculo esquelético. Evidências sugerem que a falta de atividade física favorece a perda de força e massa muscular. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do Treinamento Combinado (TC) sobre aptidão física, estado redox (sangue e gastrocnêmio), atividade da citrato sintase e a expressão de Irisina no gastrocnêmio de ratas no período de senescência reprodutiva. MÉTODOS: Ratas na periestropausa (PE) e aderentes ao exercício físico foram distribuídas em dois grupos 1) Não treinadas (NT) (n=10) e 2) TC (n=10; 3x/semana/120 dias). Os animais foram submetidos a teste de deambulação aos 17 meses (início) e aos 21 meses (após período de intervenção). Teste de capacidade de carregamento voluntário máximo (CCVM) e teste incremental de velocidade máxima (TIVM) foram realizados a cada 4 semanas para adequação de carga e velocidade. O TC consistiu de 20 minutos de treinamento resistido seguido de 20 minutos de treinamento aeróbio. RESULTADOS: As ratas do grupo TC demonstraram aumento gradual da força, melhora da performance cardiorrespiratória e aumento no comprimento da marcha. O aumento da força e a melhora da função muscular resultaram em alterações morfológicas e na composição muscular analisado pela maior Área de Secção Transversa (AST) (p<0.0001) no grupo TC bem como no peso muscular (p=0.0287). Foi observado maior imunomarcação de Irisina em células musculares no grupo TC, porém não significante. Quanto ao perfil redox, as ratas do grupo TC apresentaram diminuição do dano oxidativo lipídico no plasma (TBARs; p<0.0050), enquanto no gastrocnêmio não houve diferença significante. A defesa antioxidante não enzimática aumentou no plasma de animais TC (TAC p<0,0147; GSH p<0,0001) e as defesas antioxidantes enzimáticas melhoraram no plasma (SOD p<0.0001; CAT p<0.0055) e no músculo (SOD p<0.0498; GPx p<0.0174) de animais treinados. CONCLUSÃO: Foi verificado que após 120 dias de TC, ratas na PE apresentaram melhora do dano oxidativo bem como da defesa antioxidante, além de hipertrofia muscular confirmada pelo peso muscular, aumento da AST e ganho de força. Foi identificado também melhora da capacidade cardiorrespiratória e funcional desses animais treinados